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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 11 de maio de 2011

50X60 POLAROID GIGANTE

Divirta-se

 11/05/2011 09:41

Exposição Polaroid gigante chega a Belo Horizonte

Mostra traz trabalhos do Centro Andaluz de Fotografia, com técnica que seduziu artistas como Andy Warhol


Walter Sebastião - EM Cultura
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Ricardo Martin/divulgação
Trabalho de Ricardo Martin integra a mostra
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No fim dos anos 1970, surgiu a máquina polaroide gigante, que revelava positivos de 50cm x 60cm. Poucas pessoas tiveram acesso a ela, pois a câmara gigante necessitava de um técnico para manuseá-la. Entre dezembro de 1992 e novembro de 1994, o Centro Andaluz de Fotografia (CAF) decidiu instalar um desses equipamentos em Almeria, na Espanha, e convidou artistas para utilizá-lo. Seleção de imagens pertencentes ao acervo da instituição poderá ser conferida na mostra 50X60 Polaroid gigante, que será aberta hoje, no Centro de Arte e Fotografia Contemporânea, em BH. 
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A exposição traz obras de Chema Madoz, Juan Manuel Castro, Manuel Vilariño, Mónica Lleó, Roberto Chicharro, Manuel Falces, Ricardo Martín, Toni Catany, Ouka Leele, Ceferino López, Rafael Roa e Josep Vicent Monzó. É a reafirmação do encanto com o invento do norte-americano Edwin H. Land: em 1947, ele criou o que imaginava ser a fotografia perfeita – única, sem negativo e dispensando a revelação. Esse instantâneo seduziu muitos artistas, entre eles Ansel Adams, Robert Rauschenberg, Helmut Newton e Andy Warhol, que se valeram desse meio para produzir suas obras.
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Reaparição O Centro Andaluz de Fotografia, explica o especialista Pablo Juliá, propôs aos artistas reverência a um aparato em desuso, que proporcionou momentos satisfatórios à fotografia pública e privada. “Ainda há quem aposte na reaparição dele”, afirma Juliá. De acordo com ele, a polaroide “popularizou e simplificou o mundo” – não só a criação contemporânea, mas a forma de pensar e de materializar o ato criativo em si.
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Em texto a respeito do impacto da máquina, o especialista escreveu: “A polaroide significou o simples acesso, sem a prepotência dos tecnicismos ou do maquinismo, permitindo a cada um escolher seu objeto fotográfico sem restrições. Ele é construído a partir do imaginário de cada um. Assim foi e continuaria sendo se não tivesse aparecido o elefante digital, que acabou com tudo o que envolve um processo fotográfico-químico. Em 2008, disseram que acabou. Talvez não totalmente, mas parece que nunca mais voltará a ser o que foi: um artefato simpático que nos tornou instantâneos, inclusive os fotógrafos”.
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A mostra que chega a Belo Horizonte é uma homenagem à fotografia. “Pretendemos que a universalidade dessa linguagem possa servir para nos entendermos melhor. Já disseram que o analfabeto do século 21 é o que não sabe compreender o mundo da imagem”, adverte Juliá.

50X60 POLAROID GIGANTE
Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, Avenida Afonso Pena, 737, Centro, (31) 3236-7322 e (31) 3236-7389. De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 16h às 21h. Entrada franca. Até 12 de junho.

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_7/2011/05/11/ficha_agitos/id_sessao=7&id_noticia=38529/ficha_agitos.shtml

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