Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Pelourinhos 18 / Igrejas 82/ Municípios 02 - Oeiras - Pelourinho e Capela das Mercês

 * Victor Nogueira

Oeiras - Pelourinho, Casa da Câmara e Capela de N. Sra das Mercês, no Palácio do Marquês de Pombal e Conde de Oeiras

Circunvizinhos eram o Palácio do Marquês e suas quintas de lazer e agrícolas, o pelourinho e a Casa da Câmara.

«Apesar da relativa antiguidade das primeiras referências a Oeiras, em documentos do século XIV, e da origem baixo-medieval do Reguengo que viria a dar origem ao povoado, para além da sua proximidade com a capital, esta recebeu foral apenas no século XVIII.

A constituição do concelho, em 1760, seguiu-se à concessão do título de Conde de Oeiras a Sebastião José de Carvalho e Melo, ministro do rei D. José I e futuro Marquês de Pombal, e constituiu um forte incremento ao desenvolvimento da região. O pelourinho, certamente erguido na sequência da outorga do foral, datará assim do terceiro quartel do séc. XVIII. Levanta-se num recinto ajardinado, protegido por gradeamento em ferro, entre a imponente residência que o ministro possuía na vila, hoje conhecida como Palácio dos Marqueses de Pombal, e o edifício da Câmara Municipal.

O pelourinho assenta numa plataforma constituída por três degraus octogonais. A base da coluna é composta por um paralelepípedo alto de secção octogonal. O fuste é ainda octogonal, de arestas boleadas, e bojudo na parte inferior, sendo visualmente dividido em quatro troços

(progressivamente mais estreitos) por três largas molduras de pedra picada. O remate é em forma de pinha octogonal rebaixada, de onde emerge a haste torneada do espigão. Mede cerca de 7,2 m. » (SML DGPC)


Paços do Concelho (actual), ao lado da antiga Casa  da Câmara


Antiga Casa da Câmara



VER

Pelo Centro Histórico de Oeiras


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