Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 14 de novembro de 2021

Fotos de capa em novembro 14

 * Victor Nogueira


2021 11 14 Fotos victor nogueira - Igreja e cruzeiros, algures no distrito de Braga


2020 11 14 foto victor nogueira poço  (picota) algures no Alentejo


2020 11 14 Foto victor nogueira   - Vila do Conde - Chafariz na Praça de S. João


2019 11 14 foto victor nogueira -  Jardim do Quebedo em Setúbal - 2017.10.30


2018 11 14 foto de família - o meu pai e a 'arrastadeira' do meu avô Luís nos anos '40 do passado milénio.




~2015 11 14  Picasso e 2 poemas  - Carta ao Filho (Hikmet) e Cantata da Paz. também numa interpretação de Francisco Fanhais

1. - Carta ao filho (Nazim Hikmet)

Não vivas sobre a terra como um estranho
Um turista no meio da natureza.
Habita o mundo como a casa do teu pai.
Crê na semente, na terra, no mar.
mas acima de tudo crê nas pessoas.
Ama as nuvens,
as máquinas,
os livros,
mas acima de tudo ama o homem.
Sente a tristeza do ramo que murcha,
do astro que se extingue,
do animal ferido que agoniza,
mas acima de tudo
Sente a tristeza e a dor das pessoas.
Alegra-te com todos os bens da terra,
Com a sombra e a luz,
com as quatro estações,
mas acima de tudo e a mãos cheias
alegra-te com as pessoas.

Nazim Hikmet, (1902 - 1963) c. 1960.


2. Cantata de Paz (Sophia de Mello Breyner)

Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.


2012 04 15 - Coexistência


2014 11 14 Cidade de São Paulo da Assumpção de Loanda em 1755

VER 

 1958 - Luanda pelo olhar do meu tio Castro Ferreira

Retratos de grupo em Luanda

Luanda, parte II 

 

VER
***


2010 11 14 - A demo-cracia em que vivemos ! 
.
A respública é um emaranhado de podridão e a democracia há muito que já foi! Desta demo-cracia, já nada há esperar! Restam-nos cada vez menos espaços de liberdade e cada vez mais trincheiras, não para recuar ou resistir apenas, mas para avançar, sabendo que não será ainda hoje ou amanhã, mas com a esperança determinada que avançaremos, não só aqui mas no resto do Planeta, cada vez menos azul e mais negro de cinza e lama e destroços ! (VN)




Sem comentários: