Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Na Praça do Bocage, em Setúbal

 * Victor Nogueira

Uma tarde solheira, quente, luminosa, de céu azul e cintilante, o suor colando-se-me à pele em miríades de gotículas incómodas e peganhentas. Saio da barbearia do Carlos que me desbastou a trunfa  e resolvo cirandar pela Praça do Bocage, com as pessoas sentadas nas esplanadas ou cruzando o largo, vagarosamente a pé ou rápidas em bicicleta. Placidamente os pombos passeiam-se pelo chão. indiferentes a quem passa. No espelho de água "cantam" os repuxos enquanto quietos estão os peixes que nele habitam. Ao chegar a casa constato que "falhou" o filme em que tentei fixar todo este movimento. Fica para outra "campanha".









Ao entrar na Casa do Turismo e na Casa da Cultura, afivelo a máscara  e medem-me a temperatura, á pala do Covid 19. Naquela, encimada por um enorme gato preto desde o passado dia 29 de Abril, compro duas publicações do Município.  A referida peça intitula-se “O Gato e o Vento”, da autoria do artista Ricardo Romero, do projecto Matilha Studio e com ela o autor pretende chamar a atenção para a azáfama do dia a dia e a ausência de contemplação da arte. “As pessoas estão muito habituadas à estatuária clássica nas cidades. Olham para as coisas e não vêem, não as apreciam. A vida pode ser vivida se a contemplarmos ao mesmo tempo”.









Tendo a Pizza Hut mudado para o Centro Comercial Allegro, decidiu a Câmara Municipal demolir o antigo Café Central, onde em tempos funcionou também uma Galeria Municipal de Arte.  Em sua substituição  está a ser edificada uma estrutura  composta por quatro coberturas de madeira revestidas a zinco que assentam em pilares metálicos tubulares em tons de antracite. A “Praça Rio”, como será designada, terá como função  o ensombramento e protecção durante todo o ano, apresentando um carácter multifuncional, possibilitando a realização de pequenos apontamentos culturais de música, dança ou teatro.




Fotos em 2021 07 14 (Canon 194_07)

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Paços do Concelho de Setúbal e Casa do Corpo da Guarda

Setúbal - Igreja de S. Julião


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