Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 4 de julho de 2021

Fotos de capa em julho 04

 * Victor Nogueira


2021 07 04 Foto victor nogueira - Mural alusivo ao 13 de Maio (Visões de Fátima, na Cova da Iria), executado em 2015 na Praceta Fernanndo Alcobia, em Setúbal.

 VER Murais em Setúbal 30 - ICAR


2021 07 04 Foto victor nogueira - Grafito na Rua do Clube Recreativo da Palhavã, em Setúbal (2017 07 01 Canon 147_07 IMG_8109)


2020 07 04 Lisboa - Poço do Bispo - Largo David Leandro da Silva  - rolo 239 (1998.05)


2019 07 04 foto victor nogueira - o 'geiser' na Praia Velha de Paço de Arcos, Em 2º plano, a Ponte 25 de Abril e a estátua do Santuário de Cristo-Rei, em Almada


2017 07 04 foto victor nogueira - recantos de Setúbal - Largo da Associação de Socorros Mútuos



2012 07 04 Foto Victor Nogueira - Alcácer do Sal, Vale de Guiso, Monte da Arouca / Unidade Colectiva de Produção Soldado Luís  - Arrozais e ao fundo, depois de atravessar o Rio Sado, a aldeia de Vale de Guiso (Eva e a professora)


2012 07 04 Foto Victor Nogueira - Alvito
No poema que não é meu e acrescentei fala-se da "beleza" do alentejo no antigamente, de novo e em força nas terras e areias de portugal, como se ao outroramente tiivéssemos voltado. E não é sonho mas pesadelo o tempo a que nos querem fazer regressar !
A Vila De Alvito, poema de Raúl de Carvalho interpretado por Adriano Correia de Oliveira
A Vila de Alvito
Tem ruas e praças.
Homens e mulheres
E muitas desgraças.
E muitas desgraças.
E muitas desgraças.
A Vila de Alvito
Tem dois Lavradores
Tem muita riqueza
E raros amores.
A Vila de Alvito
Tem uma cruz ao lado
Quem manda na vila
Não lhe dá cuidado.
Não lhe dá cuidado.
Não lhe dá cuidado.
Maltezes ganhões
Sangue misturado
Na Vila de Alvito
É que eu fui criado.
INSTRUMENTAL
A Vila de Alvito
Tem ruas e praças.
Homens e mulheres
E muitas desgraças.
E muitas desgraças.
E muitas desgraças.
A Vila de Alvito
Tem dois Lavradores
Tem muita riqueza
E raros amores.
A Vila de Alvito
Tem uma cruz ao lado
Quem manda na vila
Não lhe dá cuidado.
Não lhe dá cuidado.
Não lhe dá cuidado.
Maltezes ganhões
Sangue misturado
Na Vila de Alvito
É que eu fui criado.

A Vila de Alvito foi gravada em 1971 e ouvia-se no meu quarto em évoraburgomedieval. aliás toda a discografia de então de Adriano, Zeca Afonso, Luís Cola ...O Senhor Morgado (poema do Conde de Monsaraz), faz parte do LP Gente De Aqui e De Agora, tal como A Vila de Alvito,

O SENHOR MORGADO, poema do Conde de Monsraz interpretado por  Adriano Correia de Oliveira
O Senhor Morgado, vai no seu murzelo
Todo empertigado, é um gosto vê-lo.
Próspero anafado, véstia alentejana,
Calça de riscado, homem duma cana.
Vai, todo se ufana, de ir tão bem montado.
E ela da janela, seja Deus louvado,
Seja Deus louvado,
Seja Deus louvado.
O Sr. Morgado, vai nas próprias pernas
Todo bambeado, tem palavras ternas.
Para cada lado, quando passa sente,
Que é temido e amado, fala a toda a gente.
Topa um influente, sou um seu criado.
Eleições á porta, seja Deus louvado,
Seja Deus louvado,
Seja Deus louvado.
O Sr. Morgado vai na sege rica
Todo repimpado, ai que bem lhe fica.
O Chapéu armado e a comenda ao peito,
E o espadim ao lado, que homem tão perfeito.
Deputado eleito, muito bem votado.
Vai para o Te-Deum, seja Deus louvado,
Seja Deus louvado,
Seja Deus louvado.
INSTRUMENTAL
O senhor Morgado vai na sege rica
Todo repimpado, ai que bem lhe fica.
O Chapéu armado e a comenda ao peito,
E o espadim ao lado, que homem tão perfeito.
Deputado eleito, muito bem votado,
E ela da janela, eleições à porta
Vai para o Te-Deum,
Seja Deus louvado.

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