Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 19 de março de 2022

Fotos de capa em março 19

 *  Victor Nogueira



2022 03 19 Foto victor nogueira - Rio Tejo e Lisboa, vista da margem esquerda


100 Mil Anos de Lutas Mil - Gustave Courbet - Os quebradores de pedras e Raparigas peneirando


2020 03 19 foto victor nogueira - Mosteiro de Alcobaça (dormitório dos frades) - 1998.02.22

«Dormitório
Em seguida, abre-se uma porta para o Dormitório. Esta escada foi somente descoberta em 1930, quando se fizeram as obras de renovação. O Dormitório, que se localiza no primeiro andar, tem o comprimento de 66,5 m e a largura de 21,5 m até 17,5 m sobre o lado oriental total da parte medieval da abadia, tendo deste modo uma área de perto de 1300 m².
Na forma actual e restaurada, o Dormitório apresenta-se na sua forma medieval original. Na parte superior do lado sul, o Dormitório é aberto por uma grande porta ogival que dá acesso ao transepto norte da igreja. Antigamente, e nesse local, existia uma escada permitindo o acesso à igreja, cumprindo-se assim uma lei cisterciense que obrigava a que o dormitório possuísse duas entradas de acesso. Na parte superior do lado norte do Dormitório encontravam-se as latrinas, que se encontravam obrigatoriamente separadas por uma sala à parte – lei estipulada de igual modo pelos usos cistercienses. As águas eram escoadas para o jardim do lado norte da abadia.
Os monges dormiam no Dormitório todos juntos e totalmente vestidos, sendo separados apenas por uma separação móvel. O abade possuía uma cela própria. Naquele tempo, era esta a disposição existente na maior parte dos mosteiros. A meio do lado ocidental, há uma porta estreita que dava acesso a uma escada em caracol, que hoje dá acesso à cozinha e, na Idade Média, permitia a entrada no Calefactório (ver abaixo). Por este lado, havia também acesso ao claustro superior.
O Dormitório foi sendo alterado ao longo dos séculos. No início do século XVI, adquiriu um segundo chão, inserido mais ou menos ao nível do capitel dos pilares, continuando a existir um pé direito suficiente. Supostamente, era neste lugar que os noviços dormiam.
Por baixo, na metade a norte, foram construídas salas, que eram utilizadas como biblioteca (até à construção da nova Biblioteca em 1755), e como arquivo. No lado sul foram construídas celas, uma vez que, com o alargamento do novo Mosteiro à volta dos claustros, que se encontravam a oriente, este tipo de alojamento substituía as velhas salas de dormir. No lado oriental, através dos alargamentos, o dormitório adquiriu um terraço de acesso directo. Em 1632, foi acabada a fachada Norte do Dormitório. Esta fachada foi coroada com uma estátua do fundador da abadia, D. Afonso Henriques.
No ano de 1940, e no âmbito da restauração, foi eliminado o segundo chão inserido anteriormente. O Dormitório, tal como hoje é visível, é hoje uma sala de três naves de enormes dimensões, utilizado fundamentalmente para eventos culturais como, por exemplo, exposições.»


2020 03 19 Foto Victor Nogueira - Paço de Arcos - Casa dos Cacetes ou Bonvalot


2017 03 19 foto victor nogueira - Maria Luísa - Porto 1926.02.24 / Oeiras e Paço de Arcos 2017.03.17


2016 03 19 desenho do meu tio jj castro ferreira - porto - igreja (românica) de Cedofeita (1948)


2015 03 19 foto victor nogueira - setúbal - abluções matinais na fonte de palhais


2014 03 19 -2014 03 19 Porto de Sevilha século XVI


2014 03 19 Lisboa - Aqueduto em Alcântara


2014 03 19 - Victor Nogueira - provas de contacto

Nas minhas arrumações descobri duas folhas com provas de contacto a preto e branco (2 rolos). São fotos hoje "históricas", de ruínas como as dos moinhos de vento em S. Filipe, do moinho de maré da Mourisca (todos eles hoje recuperados), de estaleiros navais na Mitrena (demolidos), de barcos varados nos esteiros do Sado (desaparecidos sem honra nem glória), de cenas do quotidiano e do Pote de Água, ainda com rebanhos a pastarem antes da construção do Parque Verde da Lanchoa.

Parece-me que numa das fotos "ficou" a entretanto demolida nora, numa altura em que em Setúbal não havia a preocupação de preservar o património construído, sacrificado aos interesses do betão e do asfalto, a que escapou a zona onde apesar de tudo foi construído o jardim, graças à oposição da Junta de Freguesia, a mesma, contudo, que mandou arrasar o engenho de água e nivelar o solo.

Não obtive qualquer prémio - creio que o concurso fotográfico era da Câmara. Na altura as casas em Setúbal já só trabalhavam a cores, pelo que descobri um rapaz que ainda fazia revelações a pb e ampliações num laboratório doméstico como em Luanda tinha o meu tio José João. Nessa altura, em Angola - anos 60 do século XX - não se revelavam fotos a cores, tendo os rolos de ser enviados para a KODAK ou para a AGFA, na Alemanha, por correio aéreo, devolvidos em caixinhas cilíndricas metálicas, inicialmente, e depois de baquelite.


2013 03 19 - Foto Victor Nogueira - poluição em Setúbal

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