Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 6 de junho de 2021

Murais e grafitos em Setúbal 128 / Aquedutos 14 - Aqueduto dos Arcos, em Setúbal

 * Victor Nogueira

O Aqueduto de Setúbal, também designado Aqueduto dos Arcos, tinha o seu início com a Arca d'Água, situada em Alferrara, na Serra dos Gaiteiros, e terminava no centro da então Vila de Setúbal.

Construído no final do século XV, no reinado de D. João II, prolongava-se por vários quilómetros, desde a nascente até às muralhas da vila.  Em 1693 foi erguido o Chafariz do Sapal, em frente ao edifício dos Paços do Concelho de Setúbal, chafariz entretanto deslocado  para a Praça Teófilo Braga, ao  qual se seguiram outros, espalhados pela povoação.

Com o decorrer dos tempos o abastecimento de água à urbe deixou de ser efectuado por este aqueduto e o crescimento urbanístico reduziu os seus vestígios a alguns troços, o mais importante dos quais se localiza no centro da cidade, no local do antigo campo de futebol do Vitória de Setúbal, na antiga Estrada dos Arcos, para além da Arca de Água, em Alferrara, em degradação.

O Aqueduto é tema dum mural no túnel de acesso à Praceta dos Arcos, executado em 2019, no âmbito da 9ª edição do Projecto municipal Setúbal Mais Bonita. Designado como "Rio Azul” reproduz nas paredes a imagem do antigo aqueduto, cujas ruínas persistem neste local da cidade, tendo a cor azul como pano de fundo, simbolizando o rio Sado. O mural foi pintado por trabalhadores dos Departamentos de Administração e Finanças e das Obras Municipais.







Fotos em 2020 08 16 /Canon 183_08) e 2021 06 06  (Canon 193_06)

VER

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Clicar em Águas em Setúbal e Azeitão - 01 - Setúbal para uma visita aos fontanários e chafarizes de Setúbal, alguns deles outrora servidos pelo Aqueduto dos Arcos.


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Em 2018 este mesmo local tinha outra decoração, como testemunham as fotografias que então efectuei durante uma das minhas photo-caminhadas. Os grafitos teriam sido executados por Secsus e por Egos, sobre anteriores inscrições.










Fotos em 2018 01 26 (Canon 151_01)

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