Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 15 de junho de 2021

fotos de capa em junho 15

 * Victor Nogueira

2021 06 15 Foto victor nogueira - Rua do Moinho, na Belavista, em Setúbal - Na parede exterior da Associação Cristã da Mocidade (Young Men's Christian Association) encontra-se um extenso e diversificado mural executado por diferentes artistas.

O desta foto, executado em 2011, contém a frase "Não deixes que a pobreza se torne paisagem". Embora tenha fotografado o mural em 2018.01, voltei a fazê-lo em 2021 06 10 (Canon 193_06)

 VER   Murais em Setúbal 28 - Associação Cristã da Mocidade (YMCA)


2021 06 15 Foto victor nogueira - Grafito na Estrada da Graça em Setúbal, com a inscrição "We are the robots" (Foto em 2021 05 26 IMG_4126 Canon 192_05)


2021 06 15


2019 06 15 foto victor nogueira em 2019.06.14 - nascer do sol em setúbal, no alto da torre no cimo duma encosta, como se fora uma ave no horizonte, e um poema de alberto caeiro, in O Guardador de Rebanhos
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Alberto Caeiro - XLIII
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Antes o voo da ave, que passa e não deixa rasto,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
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A recordação é uma traição à Natureza.
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Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
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Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!
7-5-1914
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 66.
“O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925


2014 06 15 foto victor nogueira - Rio Tinto (Porto) - trabalhos agrícolas 1968 - A casa do meu avô Luís, então em Rio Tinto, perto da Circunvalação, dava para o campo

Há quem considere as mulheres flores de estufa, seres delicados, a quem por gentileza se levam os sacos e os embrulhos das compras, a mala de viagem ...

Mas no Norte as mulheres do campo levam à cabeça, pousados numa rodilha como em Luanda, enormes carregos de lenha, de produtos agrícolas. como na foto se regista. Apenas os miúdos vão ao lado e não presos, escarranchados, às costas, em "suporte" de pano.

Judite Faquinha

Victor tens muita razão!!! Mas se conheces-te o Sul também as mulheres usavam a mesma técnica com o rolo de pano tudo levavam à cabeça sacos, lenha molhos de trigo e os cântaros da água, principalmente as alentejanas, que acabaram por ensinar as mulheres do Distrito de Setúbal!!! No campo era assim, as mulheres na lavoura acompanhavam os homens lado a lado com uma enxada na mão, fazendo todo o trabalho na terra. Beijokinhas, 
❤

2012 06 15 Foto Victor Nogueira - Alcácer do Sal e Rio Sado



2012  06 15 Fotos Victor Nogueira - Faro (marina - fotomontagem)


2011 06 15 álbum Cinemateca- Cartazes (1)

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