Kant_O_Photomático: Murais e grafitos em Setúbal 122

Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Murais e grafitos em Setúbal 122 - Vitória Futebol Clube

* Victor Nogueira

A tarde estava amena e soalheira, apropriada para mais uma auto-caminhada com o Fiesta II, em busca de murais desconhecidos. Na Avenida Rodrigues Manito, nas paredes do Ginásio do Vitória Futebol Clube, deparo-me com uma série de murais em tons de cinza, conceptualização de Ricardo Romero. Estaciono e apercebo-me que estão a ser executados por dois jovens, a partir de placas rendilhadas, de malha fina, a obra quase concluída, os quais me deixam fotografá-los na montagem do me que parecer ser um puzzle, cuja temática serão os fundadores e atletas nas várias modalidades desportivas do Clube.

Desinteligências entre elementos do Bomfim Foot-ball Club levaram Joaquim Venâncio, Henrique Santos e Manuel Gregório a deixar esta associação, lançando a ideia da formação de um pequeno grupo a que dariam o nome de Sport Vitória. «A Vitória será nossa» dizia o entusiasta Joaquim Venâncio, o nome que ficaria para a posteridade, de Vitória. A 20 de Novembro de 1910 era pois fundado o clube, que passaria a chamar-se Victória Foot-ball Club, por sugestão de Joaquim Correia da Costa, aprovada na 1ª Assembleia Geral, realizada em 5 de Maio de 1911. Em 16 de Setembro de 1962, foi inaugurado o actual Estádio do Bonfim, que substituiu o velho Campo dos Arcos (1913 / 1962).