Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Fotos de capa em junho 25

 * Victor Nogueira


2021 06 25 Foto victor nogueira - Mural na Escola Básica do 1º Ciclo, no Bairro N. Sra. da Conceição, em Setúbal (2018 02 10 Canon 152_02)

VER  Murais em Setúbal 59 - Escolas Básicas 02


2021 06 25 Foto victor nogueira - Grafito de ACAF, no Bairro do Troino, em Setúbal, na Rua João Eloy do Amaral (2017 07 24 Canon 147_07)


2019 06 25 foto victor nogueira - setúbal e serra da arrábida - forte de santiago do outão 


2019 06 26 Hoje a foto de capa é dedicada à Mariana, que nasceu nesta 3ª feira, 25 de Junho. Mas dedicada também à Ana Sofia e ao Rui Pedro 


2014 06 25 Foto Victor Nogueira - abluções felinas seguidas de 5 textos 


2014 06 25 Foto Victor Nogueira - Lisboa (zona de S. Paulo)


2013 06 25 O menosprezo ou a ignorância da história da resistência à repressão e das lutas pela revolução ao longo dos tempos e nas cinco partes do mundo faz com que se pense que foi neste preciso momento, hoje na turquia e no brasil, ontem nas múltiplas "primaveras" que abriram caminho ao inferno, que se descobriu a pólvora. Como se antes as forças repressivas, afogando em sangue as revoltas, tb não tivessem sido - acossadas,- encostadas ao muro ou ao paredão.
Triste sina de quem não vê para além do umbigo e se julga na sua indivdualidade o centro da história. Porque não é de riachos facilmente estrangulados que se faz a revolução, mas na confluência das eibeiras e dos rios que, estes sim, tudo arrastam, de que falam Brecht, mas não só ele. Porque na vida é preciso saber "aprender, aprender sempre " !
de Brecht
"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem."
Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
Elogio da Dialéctica
A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.

2012 06 25 Foto Victor Nogueira - Arraiolos (castelo) - Não pude estabilizar a máquina e a foto ficou "fantasmagórica" mas a imprecisão afinal resultou numa "positividade"

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