* Victor Nogueira
Ermida de S. Paio, antes e depois do restauro
A ermida de S. Paio é referida já em 1623, mas a fachada da capela está datada de 1885, ainda que construída num estilo revivalista do século XVII. Nos anos de 1970 a capela foi alvo de uma recuperação tendo, na primeira década do séc. XXI, recebido um belo conjunto de vitrais. No seu interior é motivo de interesse o altar, que as gentes do mar quiseram que fosse feito numa rocha trazida do oceano. (http://www.visitviladoconde.pt/fazer/patrimonio/patrimonio-edificado/geo_artigo/capela-de-sao-paio)
Cruzeiro defronte da ermida
Alminha junto a ermida
Cruzeiro
Ao chegar ao Outlet do Mindelo, em vez de virar para poente a caminho de Vila Chã prossigo para sul, direito a Labruge, paralelamente a A28, logo ali à esquerda entrevista por entre as árvores e arbustos, os aviões sobrevoando o espaço aéreo Chegado perto da praia de Moreiró sigo uma placa que indica "praia", o estreitíssimo caminho (rua do Fundo da Vila) ladeado de muros e paredes graníticas e logo me arrependo da minha decisão, pois não deve haver mais que um palmo para cada lado do Fiesta II, lembrando-me aventura similar em Alpedrinha, na Beira Baixa (1).
Afinal ainda há bastantes veículos estacionados ao longo da rua de Sampaio pois as praias por aqui não estão ainda completamente despejadas de banhistas. Ao chegar ao entroncamento viro para sul e pronto ... cá está a estação arqueológica, batida pelo vento ao som do marulhar das ondas aos pés da rochosa e granítica penedia, a 28 metros de altitude, numa zona também de interesse geológico pois situa-se numa falha cujos deslocamentos tectónicos permitiram a criação da praia de S. Paio ou dos Castros, com a deposição sedimentar.
Uma verde vivenda de madeira com alpendre em redor e um vasto terreiro descampado em torno de uma granítica capela sobressaem na paisagem. Sigo o passadiço, por entre denso canavial, cruzando-me com pessoas e bicicletas, transportadas ao ombro nos troços com escadas, aqui e ali deixando entrever o areal, as rochas e o mar. A estação arqueológica não tem a dimensão das de Bagunte ou de Terroso.
(,,,) A ermida centenária e que já existia no século XVII, eventual sucedânea de cultos pré-históricos, tem como orago um mártir cristão, morto às mãos dos sarracenos, de seu nome Pelayo, em 820 E.C. A capela tem vitrais recentemente colocados e a fachada principal está coberta com o que chamo azulejos de casa de banho. As festas religiosas, essas celebram-se anualmente no 1º domingo de Julho.
. (in a caminho de Labruge e do castro de S. Paio 2015.09.07))~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
(1) Em Alpedrinha, na Beira Baixa (Fundão) meti o Fiesta I pela estreita Rua do Passadiço, tão estreita que à cautela a Fátima quis recolher o espelho retrovisor quase ficando com a mão entalada entre o carro e a parede de granito. No fim da rua tive de fazer inversão de marcha e depois comentei com os mirones que na vila havia ruas não assinaladas demasiado estreitas e sem saída. Ripostaram-me admirativamente que tinha sido o primeiro carro a percorrê-la, pelo que sugeri que a rebatizassem como Rua Victor Nogueira, com a indicação do feito. Nesta outra Rua do Fundo da Vila não recolhi os espelhos retrovisores até que um deles raspou na parede. Enfim ...
Fotos em 2015 09
Ermida e Castro de S. Paio, em Labruge (Google Earth)
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