Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 2 de outubro de 2021

Templos religiosos 20 - Mosteiró

 * Victor Nogueira

Por uma estreita e sinuosa estrada desemboco no lugar de Lameira, onde um vasto terreiro abriga uma feira semanal, defronte dum pequeno espaço ajardinado com parque infantil. No centro um monumento erguido em memória do Padre Agostinho Antunes de Azevedo (1876 / 1943).  Para nascente avista-se a torre sineira da Igreja de S. Gonçalo e para poente um cruzeirro, que numa das faces do pedestal ostenta os dizeres "P.N. AVE M. 1756" e um nome que não consigo decifrar completamente. Outros  cruzeiros existem no adro da Igreja e no lugar de Arões. Chegado à igreja, vendo um pórtico aberto, resolvo franqueá-lo, para ver o que restaria do mosteiro, mas uma devota, com flores na mão,  sai duma porta e diz-me que não posso visitar a igreja,  que tenho de sair pois o padre não quer, retorquindo-me  que a porta está aberta apenas porque elá esta colocando flores para enfeitar.






Cruzeiro (1781)



Mosteiro de S. Gonçalo



Domus Parochialis reaedificata Anno MCMXXIV





1812





Lameira








Cruzeiro (1756)



Monumento em memória do Padre Agosrinho Antunes de Azevedo (1876 / 1943), sacerdote católico  que se dedicou à historiografia da região de Vila do Conde e do Vale do Ave.


Largo da Lameira e terreiro do mercado (feira semanal).

«A freguesia de S. Gonçalo de Mosteiró deve o seu nome a um pequeno mosteiro de freiras que já existia no ano de 1059, de acordo com um pregaminho dessa época que cita as vilas de Arões, Vila Verde e Mosteiró. Pertenceu ao concelho da Maia. Foi integrada no concelho de Vila do Conde pela divisão administrativa de 1836.

Foi uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Vilar, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Vilar e Mosteiró, com sede em Vilar.[1].  Mosteiró está dividido em lugares: Lameira, Casêlo, Arões e Vila Verde.  Mosteiró faz parte do roteiro dos Caminhos de S. Tiago e possui a farmácia mais antiga de Portugal, a Farmácia Azevedo (meados século XVIII), recentemente tranferida para Modivas.  Semanalmente, às quartas-feiras realiza-se a Feira da Lameira, mais antiga de Portugal. » (Wikipedia)

A velha farmácia trocou o número 126 da Rua da Botica, que ocupou desde a década de 30 do século XIX, por um edifício moderno à face da movimentada EN13, que liga o Porto a Viana do Castelo..A actividade arrancou em 1737 com o boticário Manuel Botelho de Azevedo, na então "Botica da Lameira" (Lameira era, então, a designação do lugar). Sucederam-se mais sete gerações de proprietários, todos da mesma família, até chegar a vez de Rita Antunes de Azevedo, a directora desde há trinta anos » "Mercado ditou saída da farmácia de Mosteiró da casa que ocupou nos últimos 274 anos", por  Ângelo Teixeira Marques in Público,  2011 02 09


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