Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 25 de janeiro de 2020

Esperança Luís e a Farmácia Sanitas, em Lisboa

* Victor Nogueira


foto de família - até se reformar a minha tia-avó Esperança, farmacêutica, foi directora técnica da Farmácia Sanitas, em Lisboa, ao Camões. Na foto com a menina Conceição, a caixa. Lembro-me doutros empregados, como o António, ajudante de farmácia, e o senhor Liberato, mais idoso  E não esqueço a empregada de balcão numa tabacaria daquele Largo de Camões, referida num escrito meu no exílio, em évoraburgomedieval. (1)

«Escrevo no antigo laboratório da Farmácia [Sanitas], no tempo em que as mezinhas eram manipuladas aqui nas traseiras. São cerca de 17:00 e os empregados tomam cházinho com bolos. (...) Ah! o cházinho é porque a minha tia Esperança faz... 71 anos.» (MCG - 1973.10.31)

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(1) (...) És a voz quente e cordial da Emília, 
que de repente arrefece e desaparece.
És a Maureen, borboleta esvoaçante e carinhosa...
És a miudinha sorridente da papelaria do Chiado,
essa mesma, que tinha uma covinha no queixo. (...) (Évora, 1969.03.16)

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