* Victor Nogueira
fotos em 2017.05.27, vista da Rua D. Pedro Denis
Desconhece-se a data de construção do primitivo templo, em torno do culto da Virgem Maria. A Confraria e a paróquia da Anunciada compartilhavam a mesma igreja o que originava grandes desavenças entre o sacristão da Confraria e o prior da freguesia. Com o terramoto de 1755 a igreja da Anunciada ficou em ruínas e por isso a sede de paróquia foi transferida para a igreja de Nossa Senhora da Saúde. Em 1834 a sede transitou para a igreja que pertencera ao extinto convento dos carmelitas descalços (Convento de Santa Teresa), [no Largo Teófilo Braga]. A Confraria foi extinta em 1861 e o seu hospital anexado ao da Misericórdia em 1869. Os azulejos do actual templo datam do século XVIII.
Conta a lenda que cerca de 1250 a imagem de Nossa Senhora apareceu a uma pobre mulher que procurava madeira para a fogueira, dando origem, em 1368, à criação da Confraria da Anunciada. A crença neste milagre e a devoção à santa originaram a construção da Igreja da Confraria, no local onde supostamente se verificara o milagre, templo que mais tarde serviu de igreja paroquial. Com efeito em 1553, por desanexação da antiga freguesia de São Julião, foi criada a de N. Sra da Anunciada. A nova freguesia passou a abranger o terrirório entre o Sapal do Troino, onde fora erguido o Convento de Jesus, e Azeitão.
A ocupação humana deste território remonta à Pré-história e a do Troino à Antiguidade, com especial desenvolvimento durante a ocupação romana e após os séculos XV e XVI, estendendo-se ao logo da margem direita ribeirinha do Sado.
Na tarde em que deambulei pelo Troino encontrei de portas abertas a Igreja da Anunciada e lá dentro meia dúzia de fiéis salmodiavam o terço.
(vista da Travessa da Anunciada)
Rua dos Mártires da Pátria, onde se situa a Igreja
fotos em 2017.06.06
Rua Vasco da Gama com a Igreja da Anunciada ao fundo (foto em 2017.05.27)
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