Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Paulo Pimenta, fotógrafo

19 Dezembro, 2010

paulo

Paulo Pimenta, da série Na casa de de..., Porto, 2010
© Paulo Pimenta
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Há umas semanas, numa deslocação ao Porto, encontrei-me com o Paulo Pimenta na redacção do Público. No meio da rotina do jornal, houve algum tempo (pouco) para ver uma série de imagens inédita do projecto Na casa de..., um trabalho a longo prazo sobre as condições de extrema pobreza em que vivem muitas pessoas na região do grande Porto. As imagens que me passaram à frente dos olhos revelam todo o talento do Paulo em captar com extrema sensibilidade as pessoas e os espaços que desgraçadamente estão agarrados ao seu quotidiano. Notei o seu habitual entusiasmo ao falar do decorrer do projecto e da importância que um tema com estas características tinha para si. Agora, uma das fotografias de Na casa de... foi seleccionada para a exposição colectiva HumanKind do New York Photo Festival. A mostra, que pode ser vista desde o dia 17, foi comissariada por James Estrin, co-editor do blogue Lens, do New York Times, Alisa Wolfson, directora de design, Marc Prüst, consultor de fotografia, Alfredo Cramerotti, curador, crítico e editor, e Christos Lynteris, antropólogo.
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