BRASIL / FIM DE ANO
24.12.10 | 10h05
Veja como tirar belas fotos de suas festas
Saiba como enquadrar, usar o flash e não perder os melhores momentos com sua família
DO R7
Com a popularização das câmeras digitais, a fotografia se popularizou, permitindo a qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento da arte e da técnica necessárias para produzi-la, registrar os momentos mais importantes de sua vida a um custo baixo, de maneira rápida e prática..Mas, da mesma forma que é preciso seguir algumas dicas para fotografar festas de Ano-Novo, não basta comprar uma câmera digital e sair por aí clicando e armazenando fotos natalinas para depois ter de deletar a maioria delas e acabar frustrando toda a família..Profissionais ensinam truques para tirar fotos inesquecíveis.Para o fotógrafo Gabriel Boieras, do Território da Foto, "apertar o botão é algo bastante simples que qualquer pessoa com um mínimo de noção técnica pode fazer"..- O difícil é pensar o que fazer na hora de fotografar, tanto nas questões estéticas como técnicas..Para ajudar os fotógrafos de primeira viagem, o R7 reuniu dicas de quatro profissionais de fotografia para ajudar você a se sair bem na hora do clique e não "queimar o filme" junto à família e aos amigos..Enquadramento.Segundo Boieras, existem diversas regras que podem ser aplicadas na hora de enquadrar as pessoas e os objetos. Uma das mais conhecidas é a regra dos terços e pontos de ouro..Basta dividir o quadro da foto em três terços horizontais e três verticais - os pontos de interseção dessas linhas são os chamados pontos de ouro, que são locais da cena de maior impacto visual, que chamam a atenção de quem vê a foto. É aí que devem estar os personagens principais de sua imagem, sejam pessoas, animais ou objetos..Se sua máquina não permite mostrar essa grade, imagine-a no visor da câmera e tente distribuir os elementos - a árvore de Natal e as pessoas - em volta desses pontos, para que a foto fique equilibrada. Nem sempre centralizar o objeto ou pessoa é a melhor opção..Todo mundo na foto.Um dos maiores problemas em festas de final de ano é conseguir fazer com que todo mundo caiba na foto, ainda mais com uma árvore de Natal "roubando" um lugar na cena. Dependendo do tamanho da família, pode ser uma ginástica ajeitar todo mundo dentro do visor..Um truque sugerido pela fotógrafa Daia Oliver, do R7, é o de organizar o arranjo das pessoas, para que ninguém fique escondido ou tapado pela cabeça de alguém..Use a mesma técnica para fotografar um time de futebol: os maiores atrás, os mais velhos (pais, tios e avós) no meio e jovens e crianças agachados na frente. Fique a uma distância suficiente para que todos caibam no visor..Já a fotógrafa Julia Chequer, também aqui da redação, recomenda que todas as pessoas estejam no mesmo alinhamento (à mesma distância da câmera), para evitar que a cabeça de uma apareça maior do que as das outras, o que acontece quando alguém fica mais perto da câmera que os demais..Em volta da árvore.Nas ceias de Natal, não adianta juntar todo mundo na frente da árvore e clicar. A árvore ou a decoração vai ficar escondida e ninguém vai saber que aquela foto foi feita na noite de Natal..O ideal é colocar, em alguma parte da foto, algum objeto que identifique o momento: um pedaço da árvore ou embrulhos de presente no chão. Uma foto à mesa da ceia também pode ficar muito bonita, destacando os pratos e a decoração da mesa..Animais.Evite o flash ao fotografar animais de estimação porque o olho deles reflete a luz, criando um efeito agressivo na imagem. Prefira tirar fotos deles durante o dia..Crianças.Lembrando do desejo de pais, tios e avós de fotografar os pimpolhos nesta época do ano, o repórter fotográfico do Grupo Estado, Helvio Romero, que tem duas filhas, diz que "um erro comum dos adultos é tirar fotos das crianças em pé e logo em seguida pedir para que elas olhem para eles"..- O resultado é que a criança olha para cima e sai com uma expressão horrível, o corpo esticado e parecendo um anão..Romero recomenda que, ao fotografar crianças, os adultos se agachem, tentem ficar na mesma altura dos pequenos e, sempre que possível, não chamem a atenção deles, a não ser em casos de retratos. Num clima de Natal (abrindo presente, mexendo em árvores, ajudando na cozinha etc), deve-se deixar as crianças à vontade, para captar apenas momentos naturais, não posados..Flash.Boieras lembra que o flash é uma luz artificial que ajuda em momentos de baixa luminosidade e que muita gente acha que usá-lo em um local escuro irá resolver o problema..Para evitar que a luz estoure na cara das pessoas, se você usa flash pop-up (aquele que fica embutido na máquina e pode ser levantado), encontrado em máquinas semi profissionais, use um tubo de filme 35 mm branco leitoso (que pode ser encontrado em qualquer laboratório fotográfico) em volta do flash, fazendo com que a luz fique mais difusa, deixando as sombras mais suaves..Como o flash funciona melhor em distâncias curtas (de 2 m a 6 m do objeto), não adianta usá-lo para iluminar uma paisagem à noite (como uma árvore de Natal, por exemplo). Nesse caso, use um tripé e deixe a máquina em longa exposição para capturar a luz ambiente..Romero recomenda não usar o flash ou só usá-lo quando não houver luz nenhuma. Como toda decoração de Natal é muito iluminada, o flash não só acaba com a beleza da iluminação natalina como é desnecessário..Quando fotografar em locais com muitas luzes, como shopping centers, evite usá-lo. Tente deixar a pessoa que será fotografada de lado, para que receba toda a luz da decoração e não saia escura na foto..Quando o sol estiver muito forte, procure a sombra. Evite deixar alguma fonte de luz clara atrás dela, para impedir que escureça seu rosto. Caso faça a foto em casa durante o dia aproveite uma janela com os vidros fechados e cortinas abertas para não ter que usá-lo..Definição da foto.Apesar de pouca gente imprimir suas fotos digitais, as câmeras atuais têm definição suficiente para boas ampliações. Sempre que puder, tire a foto com a maior definição possível. Apesar de muitas máquinas tirarem fotografias de 10, 12 ou até 20 megapixels, uma imagem com pelo menos 1 megapixel já é suficiente..Lembre que, quanto maior a definição, maior o arquivo, o que ocupa mais espaço no disco rígido e mais pesada fica a imagem para enviar por e-mail ou para o Facebook, por exemplo..Caso você não saiba usar programas de edição de imagens para redimensionar suas fotos, tente usar os programas que vêm com as próprias câmeras, que são fáceis de usar e ajudam a organizar e a manter as fotos..Preste atenção no tamanho da foto. Romero lembra que mandar um e-mail de 20 megabytes com quatro fotos, "ninguém merece"..Decoração.Há quem ache chato, mas, além de tirar fotos das pessoas, fotografar imagens do lugar, da comida e da decoração da casa rendem ótimas lembranças, acrescenta Romero: "acho muito legal fazer esse tipo de documentação"..À prova de erros.Para garantir que nenhuma boa foto seja perdida, faça sempre pelo menos três registros da cena. As primeiras são de ajuste: as pessoas vão se acomodar, brincar umas com as outras, até ficar na posição certa..Depois de fazer as primeiras fotos, faça mais uma na hora em que as pessoas estiverem "desmontando" a cena. Nesse momento a espontaneidade volta a reinar, e as imagens podem ficar bem interessantes..Quando quiser aparecer na foto, e se sua câmera tiver disparador automático, use-o. O tempo que o fotógrafo tem para preparar a máquina e se posicionar junto aos outros faz com que esse tipo de fotografia fique espontânea. Se puder, use um tripé...http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=8&idnot=38123.
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Castro Barroso Gato Nogueira - Blog Photographico - lembrança da moça do Alentejo
Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui
“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)
«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973
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