O nome talvez não soe como conhecido. Mas o cartaz, com a assinatura do fotógrafo italiano Oliviero Toscano, em que a actriz e modelo francesa Isabelle Caro posava nua e cadavérica, vítima de anorexia, numa campanha de luta contra a doença, marcou uma posição sobre o assunto. Isabel morreu no Japão, onde estava internada, aos 28 anos. Pesava 31 quilos.
Segundo o site suíço 20.Minute, que avançou a notícia, e a revista francesa Paris Match, que citava o cantor suíço e namorado de Isabelle, Vincent Bigler, ela morreu a 17 de Novembro, mas a sua morte só agora foi anunciada.
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Isabelle, que contraiu a doença aos 12 anos, chegou a pesar 25 quilos, para os seus 1,64 metros. Foi com esse peso que, em 2006 entrou em coma.
Em 2007, em plena Semana da Moda de Milão, o fotógrafo Oliviero Toscano, autor das polémicas campanhas da marca Benetton, fotografou-a nua, quase só pele e osso, com apenas 33 quilos, para uma campanha da marca italiana de roupa No-l-ita. A campanha, proibida em França por ser considerada chocante, era, nas palavras de Isabelle, “uma terapia”. “Esta fotografia é o horror. Mas o objectivo é chocar para sensibilizar”, disse então.
Em 2006 uma outra história sobre anorexia marcou o mundo: a modelo brasileira Ana Carolina Reston, de 21 anos, morreu de anorexia. Só aceitava comer maçã e tomate e pesava 40 quilos com o seu 1,74 metros. Nessa altura a semana da moda de Madrid exigiu peso mínimo aos modelos para poderem desfilar.
Em 2008, no seu livro A menina que não queria engordar, Isabelle contava a história do seu combate contra a anorexia. Uma infância problemática, com uma mãe depressiva, eram então apontados como a razão da doença. A actriz, que achava que o cinema a usava como “uma aberração”, descrevia-se na obra como “um pequeno floco de neve invisível”.
Notícia actualizada às 20h37
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