Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Veja o calendário Pirelli 2010 (com bastidores)

IOL Diário - 19-11-2009 - 20:23h

Fotógrafo Terry Richardson garante uma visão mais natural, 

regressando aos primórdios do calendário



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A Pirelli apresentou o seu calendário para 2010, desta vez da responsabilidade do fotógrafo americano Terry Richardson, que foi até ao Brasil tentar fazer justiça à tradição de qualidade desta publicação. Nas 30 imagens alusivas aos meses de 2010, Richardson retrata um regresso a um Eros puro e jocoso. «Através da sua lente, persegue fantasias e provocações, mas com uma simplicidade que modela e captura o lado mais claro e brilhante da feminilidade. Retrata uma mulher que é cativante porque é natural, que joga com estereótipos para os desfazer, que faz da ironia o único véu com que se cobre», explica a marca em comunicado.
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Este é um regresso às atmosferas naturais, autênticas, dos anos 60 e 70 do século passado. É uma clara homenagem às origens do Calendário, um regresso às primeiras edições de Robert Freeman (1964), Brian Duffy (1965) e Harry Peccinotti (1968 e 1969). Terry Richardson, tal como os seus ilustres antecessores, escolheu um tipo simples de fotografia, sem retoques, onde a naturalidade prevalece sobre a técnica e se torna a chave para remover os excessos artificiais, em voga hoje em dia, para revelar a verdadeira mulher que existe por debaixo.
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O galo, o sabre, os jactos de água e os pneus velhos tornam-se os sinais de pontuação para dar ritmo e harmonia à história contada por Richardson, em que sugestões da Pop Art que inspirou algumas das primeiras edições do Calendário se fundem com um Eros característico deste fotógrafo americano, aquele Eros que, no 2010 Cal, só é evocado ligeiramente, através de alusões que Richardson usa para troçar das convenções, dando forma e carnalidade a coisas tabu.
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«A minha técnica é a ausência de técnica: a lente é o meu olho, o meu carisma, a minha capacidade de capturar momentos de verdade, sejam eles quais forem, ângulos de imagem, uso da cor, luz, cenário ¿ esses sempre foram os aspectos essenciais da minha arte fotográfica», explica o fotógrafo.
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Onze modelos aparecem no Calendário: Catherine McNeil, Abbey Lee Kershaw e Miranda Kerr da Austrália, Eniko Mihalik da Hungria, Marloes Horst da Holanda, Lily Cole, Daisy Lowe, e Rosie Huntingdon do Reino Unido, Georgina Stojilijtoric da Sérvia e duas naturais do Brasil, Gracie Carvalho e Ana Beatriz Barros.
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Calendário Pirelli 2010
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