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segunda-feira, 27 de julho de 2009, 06:27 | Online
Técnica de exposição das plantas diretamente sobre filme ligado à eletricidade se inspira no método Kirlian
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- Depois de dedicar 20 anos de sua carreira à fotografia de paisagens, o americano Robert Buelteman descobriu uma nova maneira de registrar a natureza: utilizar eletricidade para iluminar folhas e flores, em uma técnica que dispensa o uso da câmera e de lentes.
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Para obter as 80 imagens que compõem a série Through the Green Fuse ("Através do fusível verde"), o fotógrafo utiliza instrumentos cirúrgicos para posicionar as plantas sobre uma mesa transparente, e em seguida posiciona uma matriz metálica, na qual estão o filme e uma emulsão fotográfica. O conjunto é, então, ligado a uma fonte elétrica.
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Ramo de maconha - Foto: Robert Buelteman©2009
Em um quarto escuro, ele então aciona a eletricidade de altíssima voltagem, que pode vir de fontes como o tungstênio, o xenônio ou fibras ópticas.
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"Esta técnica tem mais semelhanças com a tradicional pintura japonesa a nanquim do que com as atuais formas de fotografia", diz Buelteman. "Cada entrada de luz, assim como cada pincelada na pintura, não foi ensaiada. E uma vez, liberada, não pode ser desfeita".
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Flor de strelitzia - Foto: Robert Buelteman©2009
'Fragilidade da vida'
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Em entrevista à BBC Brasil, Buelteman contou que a ideia para esta série surgiu em 1999, depois que ele perdeu quatro familiares vítimas de câncer.
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"Sempre tive vontade de encontrar a minha voz para expressar a beleza, o equilíbrio e a harmonia que eu vejo na natureza", afirmou. "Com a perda de meus parentes, me senti mais determinado ainda a expressar a beleza e a fragilidade da vida".
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A técnica utilizada pelo americano se inspira no método que ficou conhecido como fotografia Kirlian, ou Kirliangrafia, desenvolvido pelo cientista russo Semyon Kirlian. A técnica também é chamada de bioeletrografia.
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"Com a adição de aparelhos de fibra óptica para conseguir um maior controle sobre a exposição de luz sobre a matriz, este trabalho representa também uma nova interpretação de uma forma de arte honrada há tempos", diz Buelteman.
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As imagens do fotógrafo estão reunidas no livro Signs of Life ("Sinais da Vida"), lançado nos Estados Unidos.
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Zero pra você também
Seg, 27/07/09 14:49 , passianotto@estadao.com.br
Nessa dou nota zero tanto para o Estadão, que como disse o gilsondaniel parece que quis mesmo foi causar polêmica utilizando a denominação mais vulgar da florescência, quanto para esse amigo, que pelo visto não considera a planta (e não a droga) digna de arte. Ao conhecer mais sobre o trabalho do artista (disponível em http://www.buelteman.com) concluí que esse foi um dos trabalhos mais bonitos e válido para ser usado como exemplo. Deve-se culpar as pessoas que fazem mal uso, e não a planta em si, que tem outras funções econômicas - têxtil, cosmético, terapêutico... e nesse caso artístico - nada moralmente condenáveis.
Seg, 27/07/09 12:41 , skondido@estadao.com.br
não sei como são utilizadas para provocar este efeito na lampada, mas ao contrario do que diz a reportagem tungstenio, xenonio e fibra optica são fontes de luz e não eletricidade.
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