Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Morreu nos EUA o fotógrafo da arquitetura Julius Shulman

Julius Shulman, Portfolio #09 - Arango House
TITLE: Portfolio #09 - Arango House
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NOVA YORK, EUA — O americano Julius Shulman, que elevou a arte a fotografia de arquiteturas, morreu, aos 98 anos, em Los Angeles (California), informou nesta quinta-feira seu representante, Craig Krull.

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Nascido em Nova York, em 1910, Shulman morreu em sua casa na noite de quarta-feira. "Era o maior fotógrafo de arquiteturas de todos os tempos", comentou Krull à AFP.

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Julius Shulman fez uma foto em 1960, intitulada "Case Study House Nº22", que levou milhões de pessoas a sonhar com uma vida perfeita. Eram duas mulheres sentadas numa casa de vidro aparentemente suspensa no ar, iluminada pelo sol de Los Angeles.

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Quase 50 anos após a famosa foto, o homem visto como o melhor fotógrafo arquitetônico da história virou figura cult da arquitetura moderna minimalista da metade do século 20 que ele divulgou pelo mundo.


Revistas de estilo, como Wallpaper e Dwell, publicaram artigos recentes sobre Shulman, e sua obra foi levada ao cinema num documentário, "Visual Acoustics: The Modernism of Julius Shulman", narrado por Dustin Hoffman.

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Sua primeira grande chance aconteceu com um dos mais famosos arquitetos modernistas de Los Angeles, Richard Neutra, em 1936.

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"Neutra viu as seis fotos que eu havia feito de sua casa. Ele nunca tinha visto fotos como aquelas", contou Shulman.

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"Até então, eu apenas brincava com minha máquina fotográfica."

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Shulman se aposentou nos anos 1970, insatisfeito com o rumo da arquitetura no pós-modernismo.

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As dezenas de milhares de fotos que ele fez nos anos 1950 e 1960 projetam o otimismo dos modernistas, que queriam melhorar a vida através do bom design.

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O fotógrafo mudou-se para a Califórnia, onde iniciou a carreira na década de 30, destacando-se pelo registro das obras de outros grandes arquitetos, como Frank Lloyd Wright, Pierre Keonig, Charles Eames.

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Suas obras se destacam pela precisão e a clareza da composição.

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"As pessoas estão descobrindo a arquitetura e o poder da fotografia", disse Shulman recentemente, em entrevista em sua casa, em Laurel Canyon, cercado por fotos e layouts de livros de arte de editoras como a Taschen.

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Shulman passou 12 dias fotografando a casa de Wright e sua escola Taliesen West, no Arizona, por onde passaram muitos dos arquitetos de Los Angeles.

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Copyright © 2009 AFP. Todos os direitos reservados.
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