Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 20 de agosto de 2017

Azulejaria Civil 12 - Agualva-Cacém e a Quinta da Belavista

* Victor Nogueira

Nas minhas deambulações por Portugal Agualva-Cacém foi um dos objectivos no plano de conhecer quase palmo-a-palmo o concelho de Oeiras, embora aquela povoação pertença ao Concelho de Sintra Aqui descobri uma série de vivendas e quintas numa zona que foi rural e o crescimento urbano desordenado destruiu.  As fotos são de Janeiro de 1998 e os edifícios situam-se na Rua Ribeiro de Carvalho: nº 1, nº 9 e  nº 11, pertencentes à Quinta da Belavista (sec. XIX) que foi propriedade do político e jornalista republicano Joaquim Ribeiro de Carvalho (1880-1942), sendo de referenciar a profusão de painéis de azulejos aplicados nas fachadas, com temáticas inspiradas em motivos florais, representações de Santos (registos) ou edifícios históricos.

Na altura anotei "No Cacém uma casa portuguesa  que fazia parte duma quinta em ruínas ostenta múltiplos e variados painéis de azulejos, o que aliás predominam na rua onde se situa, testemunho de esplendores passados. Face à agressiva selva clandestina de betão em que se transformaram Agualva-Cacém e Amadora, ninguém diria que foram terras de bons ares e de quintas aprazíveis onde durante séculos os lisboetas descansavam em veraneio. " (Notas de Viagem, 1997)

A Quinta da Belavista e a Ribeira das Jardas foram recuperadas pela C. M. de Sintra em 2008 e constituem o . Contudo a residência é propriedade privada, em acelerada ruína, e tem sido malogrado o desejo do Município e dos herdeiros de Ribeiro de Carvalho, que pretendem a reabilitação do edifício onde este viveu e a instalação nele dum núcleo museológico com o espólio que a própria família estaria disponível para doar.

Indubitavelmente o Google Maps, o Google Earth e o Street View para além da internet são ferramentas e auxiliares na localização, complemento e avivar da memória para lá das minhas notas e fotos da altura relativas às minhas deambulações, com ou sem co-pilota, assistente de fotógrafo e script-girl.



Rua Ribeiro de Carvalho, nº 1 - Moradia na  Quinta da Belavista que pertenceu a Joaquim Ribeiro de Carvalho, edificada no início do séc XX (ver https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta_da_Bela_Vist   e http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70768/)




Castelo de ..... 


Registo de Santo António


Registo da Virgem Maria







Registo de Santo António


Rua Ribeiro de Carvalho, nº 9


Registo de Santo António 



Castelo de Almourol


Castelo de Santa Maria da Feira


varina


Rua Ribeiro de Carvalho, nº 11


Caravela Flor do Mar









Madruga e verás / Trabalha e terás



fotos em 1998.01


A Rua Ribeiro de Carvalho no Google Earth e os edifícios da Quinta da Belavista







foto in http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70768/

Acima, a residência do proprietário, Joaquim Ribeiro de Carvalho



Outros edifícios da Quinta

OUTROS EDIFÍCIOS COM PAINÉIS DE AZULEJOS  

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS


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