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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ana Maria Russo: "Poucos reparam nesta beleza selvagem"


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Ana Maria Russo: "Poucos reparam nesta beleza selvagem"

autoria Ana Maria Russo
 
// data 23/02/2012 - 20:20
 
// 1671 leituras
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São aquilo a que ninguém presta atenção: a vegetação rasteira, que fica à margem e habita o inóspito, por resistência ou teimosia. Aquilo de que todos prescindem tornou-se, durante um ano inteiro, o foco principal de atenção da fotógrafaAna Maria Russo, vencedora da menção honrosa do prémio Novos Talentos Fnac Fotografia 2011. Ao longo de quatro estações, a artista registou plantas silvestres ao longo de alguns quilómetros que separam pequenas povoações do distrito de Santarém e de Lisboa. "Poucos reparam nesta beleza selvagem, primitiva. No entanto ela está presente no dia a dia de quem vive no campo, mas surge também entre as pedras de uma qualquer calçada em uma qualquer cidade, onde quase sempre lhe é retirado o direito de sobreviver. Agarram-se à vida como podem, ultrapassando as barreiras construídas pelo homem. Nunca me pareceu que lhe fosse dado apreço especial", explica Ana Maria Russo na memória descritiva do projecto "4/365". (AAS)

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