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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lena Trindade exibe cem fotos do estilo Art Déco na cidade do Rio de Janeiro


terça-feira, 16 de novembro de 2010


Lena Trindade exibe cem fotos do estilo Art Déco na cidade do Rio de Janeiro

© Foto de Lena Trindade. Estilo Art Déco no Hangar Base Aérea de Santa Cruz (RJ). Imagem que compõe a exposição Rio Art Déco.

Será aberta hoje, terça-feira, dia 16 de novembro de 2010, às 19h, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, a exposição Rio Art Déco, da fotógrafa Lena Trindade. São Imagens de fachadas, interiores, monumentos e detalhes arquitetônicos e de decoração. A iniciativa da Hólos Consultores Associados, com patrocínio da Caixa Cultural, coloca o tema Art Déco em pauta, como preparação para o 11º Congresso Mundial de Art Déco, que acontecerá na capital fluminense em agosto de 2011, pela primeira vez numa cidade da América Latina. A mostra é composta por mais de 100 fotos dos mais belos exemplares do acervo arquitetônico Art Déco da cidade do Rio de Janeiro, entre fachadas, monumentos, interiores, móveis, objetos e detalhes arquitetônicos. “Com esse trabalho mostro, o que restou dessa época, e quem sabe alertar as autoridades para a necessidade da permanência dessa marca cultural na cidade do Rio de Janeiro e lutar pela preservação de sua autenticidade, beleza e importância”, explica Lena Trindade. Algumas imagens são bem familiares ao carioca, como o Cristo Redentor e a escadaria do cinema Roxy, em Copacabana, e outras têm sabor de descoberta ou matarão a curiosidade como o interior do Edifício Biarritz, no Flamengo e de outros prédios no Largo do Machado e Alto da Boavista. Até o imenso hangar da Base Aérea de Santa Cruz, com 274 metros de comprimento e 58m de altura, construído para abrigar o Zeppelin, é Art Déco. Lena Trindade começou a fotografar em 1975. Entrou em contato com o Art Déco em 1990, pelas mãos do amigo e premiado arquiteto Sergio Jamel, cuja casa em Santa Teresa era palco de divertidos almoços nos fins de semana. 
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Serviço: Exposição fotográfica “Rio Art Déco”. Caixa Cultural Rio de Janeiro – Grande Galeria. Av. República do Chile, 230 - anexo 3º andar – Centro, Rio de Janeiro (Metrô: Próximo à estação Carioca). Telefone: (21) 2262 8152. Abertura: 16 de novembro de 2010, às 19h. Visitação: 17 de novembro de 2010 a 30 de janeiro de 2010. Horários: De terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Entrada franca. Classificação: Livre.
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Exposição fotográfica “Rio Art Déco”

Rio Art Déco
Foto: divulgação

Por Assessoria de Imprensa CAIXA Cultural Rio de Janeiro

Rio Art Déco: exposição fotográfica resgata a importância desse estilo arquitetônico no Rio de Janeiro

17 de novembro de 2010 a 30 de janeiro de 2011 - Entrada franca

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 16 de novembro a 30 de janeiro, a exposição Rio Art Déco, que traz imagens de fachadas, interiores, monumentos e detalhes arquitetônicos e de decoração fotografados por Lena Trindade. A iniciativa é da Hólos Consultores Associados e conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal.
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A mostra inclui mais de 100 fotos dos mais belos exemplares do acervo arquitetônico Art Déco da cidade do Rio de Janeiro. “Com esse trabalho mostro, o que restou dessa época, e quem sabe é uma maneira de alertar as autoridades para a necessidade da permanência dessa marca cultural na cidade do Rio de Janeiro e lutar pela preservação de sua autenticidade, beleza e importância”, explica Lena Trindade.
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Algumas imagens são bem familiares ao carioca, como o Cristo Redentor e a escadaria do cinema Roxy, em Copacabana, e outras têm sabor de descoberta ou matarão a curiosidade como o interior do Edifício Biarritz, na Praia do Flamengo e de outros prédios no Largo do Machado e Alto da Boavista. Até o imenso hangar da Base Aérea de Santa Cruz, com 274 metros de comprimento e 58m de altura, construído para abrigar o Zeppelin, é Art Déco.  
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PRECIOSIDADES 
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Entre as preciosidades, o prédio da Associação Comercial do Rio de Janeiro e seu famoso painel "Riquezas do Brasil", construído em 1940 a partir de projeto do arquiteto francês Henri Pierre Sajous. Foi ele quem projetou o Edifício Biarritz [Praia do Flamengo], o prédio da antiga Mesbla [Passeio] e a Igreja da Santíssima Trindade [Rua Senador Vergueiro, Flamengo]. No Edifício Paissandu, de 1929, projeto de Eduardo Pederneiras, materiais nobres como o mármore e o granito e vidros decorados.
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“No caso do Rio de Janeiro, cidade que sofreu intervenções em nome de sua modernização, é alentador constatar como envelheceram bem as construções Art Déco,  e que algumas ainda resistem à voracidade destruidora que nos regeu por tanto tempo. Os exemplares aqui retratados apontam para a possibilidade de se apostar na mudança sem abrir mão do que somos. É uma lição valiosa para um momento em que a cidade pensa em se reinventar”, comenta o escritor e historiador da arte Rafael Cardoso.
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Lena Trindade conta que tomou contato com o Art Déco por meio de passeios inesquecíveis pelas ruas do Rio de Janeiro com o amigo arquiteto Sergio Jamel, já falecido, de quem herdou um livro sobre o estilo. Nessa época, fez os primeiros registros de fachadas e halls da cidade. Este ano, ao retomar o tema, a fotógrafa encontrou um Rio mais preocupado com segurança, que esconde boa parte do seu acervo atrás de grades e esquadrias. “Diante da singeleza do Art Déco, barreiras de alumínio, grades e muros e muita descaracterização afastam o carioca de um dos mais expressivos e belos exemplos da cultura da cidade,  o que é lamentável”, diz.
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As fotos que compõem a exposição estarão apresentadas em ambiente que também agregará móveis e alguns objetos Déco. A cenografia é de Edward Monteiro, a programação visual de Claudia Portela e a iluminação de Steven Way. Haverá ainda projeção contínua do curta-metragem sobre a construção do mais importante símbolo carioca, o Cristo Redentor, escultura que ganhou linhas Art Déco a partir do desenho do escultor francês Paul Landowski. O filme é assinado por Isabel Noronha, bisneta do engenheiro Heitor da Silva Costa, autor do projeto. A exposição prevê ainda visitas guiadas para alunos de escolas públicas.
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Sobre o movimento Art Déco 
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Movimento artístico internacional do período entre 1925 e 1940, o Art Déco exerceu fortes influências na arquitetura, no desenho industrial, nas artes decorativas, no design de interiores, assim como nas artes visuais e gráficas, na moda e até no cinema. Considerado um estilo elegante, funcional e ultra moderno, fruto da Revolução Industrial, misturou, na Europa e nos Estados Unidos, estilos como o construtivismo, cubismo, modernismo, Bauhaus, futurismo e art noveau, do qual substituiu o rebuscamento pela simplicidade. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis foram geometrizados.
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Enquanto pólo catalisador de tendências modernas, o Rio de Janeiro sofreu fortes influências do movimento, que permanecem vivas em vários bairros da cidade.  “O estilo Art Déco na arquitetura chegou nos anos 20 e 30, e ocupou vários bairros do Rio de Janeiro, quando a vida na cidade se modernizava, a indústria se instalava e o Rio era uma cidade pronta para receber de maneira gentil e vibrante as informações de um novo tempo”,  explica Lena Trindade.
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Sobre a Hólos 
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A exposição é um projeto da Hólos Consultores Associados, empresa comprometida com a geração de benefícios para a sociedade que atua nas áreas de cultura, educação e meio ambiente. Criada em 1991 pelos sócios  Carlos e Christina Gabaglia Penna, voltada para a área ambiental, há cinco anos passou a desenvolver com mais ênfase projetos na área de cultura e de educação, quando foi chamada para integrar a equipe a designer Patrícia Galliez de Salles. No portólio da Hólos consta a coordenação do Projeto Eliseu Visconti, do qual fizeram parte a exposição “Eliseu Visconti - Arte e Design”, realizada no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília e a coordenação da restauração das pinturas artísticas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde mais de 1.000 m² de pinturas foram trabalhadas por uma equipe de mais de 50 restauradores, trazendo de volta ao Theatro todo seu glamour e beleza.
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Outro destaque da Hólos foi o “Projeto Lúmen – Intervenções Luminosas na cidade do Rio de Janeiro”, que transformou em 2009 ícones da cidade em galerias a céu aberto, democratizando a arte. Seis artistas fizeram intervenções em locais como o Museu de Arte Moderna, na fachada do Hotel Glória e nos Arcos da Lapa, entre outros, onde foram projetadas imagens. Em 2010 produziu a exposição Sérgio Telles Caminhos da Cor, no Museu Nacional de Belas Artes. Diplomata e pintor e exímio aquarelista, Telles expôs 90 telas sob forte influência dos artistas da Escola de Paris, como Matisse, Dufy e Bonnard.
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Sobre Lena Trindade 
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Jornalista, Lena Trindade começou a fotografar em 1975. Entrou em contato com o Art Déco em 1990, pelas mãos do amigo e arquiteto Sergio Jamel, cuja casa em Santa Teresa era palco de divertidos almoços nos fins de semana. Não era raro a digestão acontecer em passeios a bordo do fusquinha do arquiteto pelas ruas da Glória, Flamengo e arredores. Era como uma visita guiada, cheia de conteúdo. Do amigo, herdou um livro sobre o Déco.
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Em 2006, uma exposição sobre esse mesmo estilo arquitetônico em Buenos Aires, na galeria do BNDES, a inspirou a elaborar um projeto e concorrer a um edital do banco para realizar mostra parecida, com foco no Rio de Janeiro. O plano, que já havia cumprido todas as etapas burocráticas do edital, naufragou com o fechamento da galeria. Foram necessários mais três anos para que finalmente Lena encontrasse Christina e Patricia, da Hólos, que abraçaram o projeto, patrocinado pela Caixa Econômica Federal. Para fazer as centenas de cliques que deram origem à seleção das 113 fotos da exposição, Lena iniciou seu trabalho em abril de 2010.
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Serviço:
Exposição fotográfica “Rio Art Déco”
Local:
CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Grande Galeria
Endereço: Av. República do Chile, 230 - anexo 3º andar – Centro, Rio de Janeiro (Metrô: Próximo à estação Carioca)
Telefone: (21) 2262 8152
Abertura: 16 de novembro de 2010 às 19h
Visitação: 17 de novembro de 2010 a 30 de janeiro de 2011
Horários: De terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
Entrada franca
Classificação:
Livre
Acesso para portadores de necessidades especiais
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http://www.nossadica.com/rio-art-deco-exposicao-fotografica.php
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