Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A arte e a técnica da Fotografia realçadas em efeméride

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Jornal Açoriano Oriental - Regional | 2009-08-17 22:12

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Não passam tantos anos como isso quando se contavam pelos dedos de uma mão os particulares que nos Açores tinham uma máquina fotográfica, muitas delas as vulgares Kodak. E não se passam tantos anos como isso que para se revelar um qualquer rolo de fotografias tinha de se esperar uma semana ou mais, pois a revelação era feita em Lisboa. Fotógrafos eram então e apenas o senhor X e o senhor Y, se tanto.
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Hoje, principalmente com a introdução da tecnologia digital, a fotografia e o acto de fotografar generalizou-se e banalizou-se por completo, estando ao dispor de praticamente toda a gente. Apesar disso, a fotografia mantém características que a levam a ser para muitos uma paixão: um infindável desafio técnico e uma forma de arte sem limites. Actualmente nos Açores assiste-se a uma grande divulgação da fotografia e não propriamente pelos baixos preços das máquinas fotográficas digitais ou pelos telemóveis com câmara. Essa divulgação acontece no sentido de valorizar a fotografia enquanto actividade de valor técnico, artístico e mesmo social. Bom exemplo disso é a Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores (AFAA), que explora todas estas vertentes. "O digital democratizou a fotografia de tal maneira que hoje em dia quase todos se intitulam como fotógrafo amador. Quanto àqueles que consideramos como fotógrafos amadores, que são os que já têm máquina reflex e que já fazem a fotografia de uma forma pensada, de uma forma estudada, posso dizer que há uma grande quantidade de pessoas a fazerem muito boa fotografia", diz José Franco, responsável por aquela associação.De resto, a formação tem sido uma prioridade da AFAA. Este ano já promoveu mais de 500 horas de formação, tendo no ano passado dado cerca de 300 horas "e já estamos a planear a formação para 2010. A formação tem elevado fortemente o nível médio da fotografia, pelo menos junto dos nossos associados. E posso dizer que há muitos fotógrafos amadores com muito mais conhecimentos de fotografia e a fazer muito melhor fotografia do que muitos dos ditos fotógrafos profissionais, aqueles que vivem da fotografia", acrescenta José Franco.

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*Leia a reportagem na íntegra na edição desta terça-feira, dia 18 de Agosto de 2009, do Açoriano Oriental

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Rui Leite Melo

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