Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 29 de abril de 2017

Uma cidade flutuante em Lisboa

* Victor Nogueira





fotos victor nogueira - Lisboa - Uma cidade flutuante, navio de cruzeiro em Santa Apolónia. Em 1870 Júlio Verne escreveu o seu romance "Uma cidade flutuante", que retrata o micro-cosmos da sociedade burguesa do sec XIX como se pelos Campos Elísios passeassem. Não gostaria de fazer uma digressão num navio como o da fotografia, muitos dos quais ancoram em Lisboa despejando carradas de turistas em rebanho. Na verdade parece-me que um barco deste género é como um gigantesco e artificial centro comercial, as chamadas "catedrais do consumo", donde a natureza está artificial e assepticamente arredada.


Doca junto à Estação fluvial Sul e Sueste





Veleiro - encoberto -  no Cais do Jardim do Tabaco


Fotos em 2017.04.23








Navio de cruzeiro na Doca do Jardim do Tabaco

Fotos em 2017.04.05

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