Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Fotos de capa em agosto 13

 * Victor Nogueira


2021 08 13 Foto victor nogueira - Mural em Setúbal, na Rua Dr. Irineu Cruz, da autoria de Gonçalo Mar, intitulado "Jardins Efémeros"



2020 08 13 foto victor nogueira - o meu objectivo foi fotografar o Jardim da Estrela, em Lisboa  - bibllioteca-quiosque


2020 08 13 foto victor nogueira - quiosque na Foz do Arelho


2018 08 13 O artista quando jovem - foto de estúdio


2019 08 13 Emoticon Entre Deus e o Diabo


2019 08 13 Foto de família- Um Natal em Paço de Arcos


2017 08 13 foto victor nogueira - Lisboa - chafariz d'El Rey


2015 08 13 foto victor nogueira - Porto e Ponte da Arrábida, sobre o Rio Douro, vistos de Vila Nova de Gaia, em 2015

Esta ponte (nessa época o maior arco de betão armado do mundo) é da autoria do engº Edgar Cardoso, tal como a de S. João (ferroviária). Em 1963 estava eu a estudar no Porto e à inauguração da Ponte da Arrábida faço referência no meu diário de então..

"O Presidente da República, Américo Tomás veio ao Porto inaugurar a  Ponte da Arrábida (1963.06.22/23 - Diário III)

À tarde fomos, o avô Luís e família, à Ponte da Arrábida, tendo percorrido a auto-estrada. Em seguida fomos ao Palácio [de Cristal] onde jantámos. Escusado será dizer que andei nos automóveis eléctricos. Andei também nos barcos do lago. A princípio não sabia guiar aquilo, mas... aprender até morrer! (Diário III - 1963.06.30)"

Esta auto-estrada cobria então a fenomenal distância de .. cinco km, entre o Porto e os Carvalhos, situação que se manteve durante largos anos.  Aliás, à saída de Lisboa pouco maior distância cobria, sendo as centenas de km entre ambos os troços suprida pela ronceira EN !.

Na zona do Porto é o rio Douro atravessado por seis pontes: D. Maria e D. Luís (ambas do séc XIX e arquitectura do ferro), Arrábida, S. João, Freixo e Infante (D. Henrique). Restam ainda os pilares da antiga ponte pênsil, na Ribeira, e a memória do desastre da Ponte das Barcas  ocorrido durante uma das invasões francesas, desastre em que teriam morrido ccerca de 4 mil pessoas que fugiam aos exércitos napoleónicos. Dizem que Luísa Todi, cantora lírica setubalense teria perdido as suas jóias, o que não teria impedido o general francês Soult de lhe dar protecção, pois Todi era célebre nos palcos selectos europeus da época.


2013 08 13 Foto Victor Nogueira - Porto, cidade granítica (Sé)


2012 08 13 Foto Victor Nogueira - Alcácer do Sal


2010 08 13 Nada de profundo, nestes dias de verão

Quando um pitéu ou um prato de comida agradavam ao meu avô Luís, dizia ele com o seu sorriso alegre: «Se eu fosse rico só comia disto". Nestes dias de vento suão, em que o suor se nos cola à pele em pequenas gotículas como se em Luanda estivesse na estação quente, eu diria: "Se eu fosse rico mudava os lençóis da cama, se não várias vezes durante anoite, ao menos diariamente" Parafraseando Pessoa num dos seus heterónimos, "Ai que prazer deitar-me em lençóis frescos, que pouco depois sabem a suor e a choco, perdendo toda a graça!"

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