Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

20 - Farolins em Setúbal e em Vila do Conde

 * Victor Nogueira

Alguns destes já foram objecto de publicações anteriores. As novas imagens foram captadas neste ano de 2021.

Setúbal








Farolim na Doca dos Pescadores


Farolim na Doca de Recreio ou das Fontainhas




Farolins na Doca Delpeut u do Clube Naval

Fotos em 2021

Vila do Conde








Farolins na Foz do Rio Ave


Fotos em 2021 08 27 (Canon 195_08)


VER


Porto de Setúbal
Arquitecto / Construtor / Autor
ENGENHEIRO: Cid Perestrelo (Projecto do Plano Portuário); EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO: Firma Hojgaard & Shultz, de Copenhaga, com a colaboração para os trabalhos de dragagem da Van den Bosch & De Vries, de Ultrecht

Cronologia
1793 - data do primeiro projecto de obras no Porto de Setúbal, não realizado (*1); 1836 - foi construída a primeira doca, junto junto à foz da ribeira do Livramento, designada de Doca Delpeut (*2); 1923, 18 de Dezembro - aprovação da Lei nº 15/7 que criou a Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Setúbal e do Rio Sado, organismo que passou a ter a responsabilidade da execução das obras do porto; 1930, 27 de Junho - as obras do porto foram adjudicadas à firma Hojgaard & Shultz, de Copenhaga, com a colaboração para os trabalhos de dragagem da Van den Bosch & De Vries, de Ultrecht; 28 de Julho - lançamento da primeira pedra com a presença do Presidente da República, António Carmona, que também inaugurou a luz eléctrica em Setúbal; 1930 / 1934 - são construídas as primeiras grandes obras do porto de Setúbal, segundo plano do Engenheiro Cid Perestrelo, tendo sido construidas: regularização da margem direita do rio entre a Vila Maria e Albarquel; construção de 2.170 m. de taludes empedrados, destinados a pequenas embarcações; aterro da antiga doca Delpeut e o prolongamento da cobertura da ribeira do Livramento; terraplenos numa área total de 600.000 m2; construção de 3 docas destinadas ao apoio da pesca, do recreio e do comércio; construção de seis estacadas acostáveis com a seguinte localização: 1 - Estacada do Carvão, situada a poente da Doca de Pesca, com 60 m de comprimento e 18 pés de calado; 2 - Estacada da Lota, localizada a naascente da Doca de Pesca, destinada à acostagem de barcos de pesca com 120 m de comprimento e 18 pés de calado; 3 - Estacada das Conservas, situada a poente da Doca de Comércio, dedicada ao comércio relativo à indústria de conservas e outras mercadorias com 130 m de comprimento e 25 pés de calado; 4 - Estacada do Comércio, situada a nascente da Doca de Comércio, dedicada ao tráfego geral, servida por um ramal de via férrea, com 60 m. de comprimento e 19 pés de calado; 5 e 6 - Estacadas localizadas no interior da Doca de Comércio; séc. 20, anos 40 - obras de melhoramento e outras construções como: edifício da lota e do cais 3; realização do jardim Engenheiro Luís da Fonseca; obras de pavimentação, arruamentos, instalações de electricidade, águas e esgotos; 1966 - construção do cais comercial, contemplando a construção de 175 m de cais e 1,1 ha de terrapleno, obra incluída no II Plano de Fomento (1959-1964), no programa referente ao sector portuário; séc. 20, década de 60 e 70 - construção de diversos cais particulares e instalação de grandes indústrias em Setúbal; 1970 - III Plano de Fomento, que inclui o prolongamento do Cais Comercial; 1985 - construção da 1ª. fase do Terminal Roll-On/Roll-Off, actualmente incluido no Terminal Multiusos Zona 1, obra que representou mais 220 m. de cais acostável e rampa; 1992 - conclusão do Terminal Roll-On/Roll-Off e construção do Terminal dos Contentores, que representou mais 320 m. de cais acostável; 1994 - instalação da fábrica AutoEuropa em Palmela, leva à construção do Terminal Roll-On/Roll-Off da fábrica, com 370 m. de frente de cais e por onde é exportada grande parte da produção da fábrica; 2002 - construção do terminal Multiusos; 2014, 05 setembro - abertura do procedimento concursal para requalificação do terrapleno do Cais 3, com preço base de 300000.00 euros, pelo Departamento de Aprovisionamento da APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A., em Anúncio n.º 4983/2014, DR n.º 171, 2.ª série.

Intervenção Realizada
Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Setúbal e do Rio Sado: 1930 - lançamento da primeira pedra para a construção do porto de Setúbal; 1930 / 1934 - são construídas as primeiras grandes obras do porto de Setúbal: regularização da margem direita do rio entre a Vila Maria e Albarquel; construção de 2.170 m. de taludes empedrados, destinados a pequenas embarcações; aterro da antiga doca Delpeut e o prolongamento da cobertura da ribeira do Livramento; terraplenos numa área total de 600.000 m2; construção de 3 docas destinadas ao apoio da pesca, do recreio e do comércio; construção de seis estacadas acostáveis com a seguinte localização: 1 - Estacada do Carvão, situada a poente da Doca de Pesca, com 60 m de comprimento e 18 pés de calado; 2 - Estacada da Lota, localizada a naascente da Doca de Pesca, destinada à acostagem de barcos de pesca com 120 m de comprimento e 18 pés de calado; 3 - Estacada das Conservas, situada a poente da Doca de Comércio, dedicada ao comércio relativo à indústria de conservas e outras mercadorias com 130 m de comprimento e 25 pés de calado; 4 - Estacada do Comércio, situada a nascente da Doca de Comércio, dedicada ao tráfego geral, servida por um ramal de via férrea, com 60 m. de comprimento e 19 pés de calado; 5 e 6 - Estacadas localizadas no interior da Doca de Comércio; séc. 20, anos 40 - obras de melhoramento e outras construções como: edifício da lota e do cais 3; realização do jardim Engenheiro Luís da Fonseca; obras de pavimentação, arruamentos, instalações de electricidade, águas e esgotos; 1966 - construção do cais comercial, contemplando a construção de 175 m de cais e 1,1 ha de terrapleno; séc. 20, década de 60 e 70 - construção de diversos cais particulares e instalação de grandes indústrias em Setúbal; 1970 - prolongamento do Cais Comercial; APSS: 1985 - construção da 1ª. fase do Terminal Roll-On/Roll-Off, mais 220 m. de cais acostável e rampa; 1992 - conclusão do Terminal Roll-On/Roll-Off e construção do Terminal dos Contentores, que representou mais 320 m. de cais acostável; 1994 - instalação da fábrica AutoEuropa em Palmela, leva à construção do Terminal Roll-On/Roll-Off da fábrica, com 370 m. de frente de cais; 2002 - construção do terminal Multiusos.

Observações
EM ESTUDO. A importância do Porto de Setúbal remonta à antiguidade, segundo os espólios arqueológicos encontrados. Da época romana são conhecidas ruínas existentes nas duas margens do Sado, as Ruínas de Tróia (v. PT041505050001), na margem esquerda, e a cidade de Setúbal, na margem direita, que assenta sobre uma importante povoação romana - Cetóbriga. São conhecidas também as industrias que se desenvolveram nestas zonas, como as fábricas de salga de peixe, como por exemplo a do Creiro, cujas ruínas são visivéis (v. PT031512040063). *1 - Esta primeira obra tratava-se de uma doca ou caldeira, projectada pelo coronel Chermont, destinada a dar abrigo a pequenas embarcações, localizadas entre os baluartes do Livramento e da Conceição (v. PT031512020143). *2 - A Doca Delpeut foi durante um século o único abrigo que o porto dispunha para as pequenas embarcações.

Autor e Data
Cecília Matias 2009

in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=27778


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