Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

fotos de capa em fevereiro 01

 * Victor Nogueira


2021 02 01 Foto victor nogueira - Mural em Santiago do Cacém (1981)
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O RISCO DAS RISCAS
O Fungaguinhas gosta muito das zebras Estas são as zebras A bicharada lá de casa é que nunca tinha visto estes animais
Olha, um burro às riscas
Nada disso, ... É um burro de pijama
Estas são as zebras, bichos bonitos e simpáticos mas que não admitem ser montados
Qual quê ... Estes burrinhos são uns amores, até vou dar uma grande volta a cavalo
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2020 01 21 Foto jj castro ferreira - Em Luanda, na Praia do Bispo

Umas vezes íamos almoçar ou jantar ao Hotel Paris, outras vezes o empregado ia lá buscar a refeição num termo (tachos empilhados uns em cima dos outros e seguros por uma alça, com pega): sopa, carne, peixe e sobremesa.. Outras vezes a refeição era preparada em casa, ou pelo empregado, ou pela minha mãe, neste caso durante as férias escolares. Mas a minha mãe nunca apreciou as lides domésticas ou ser a "fada do lar" . Mas quase sempre era ela que fazia os consertos domésticos e dos electro-domésticos.
Em casa e devido ao calor normalmente comíamos no quintal, debaixo dum telheiro. Quando chovia as refeições eram tomadas dentro de casa, se necessário.
Houve um tempo que tivemos uma cozinheira, já idosa, a senhora Ana de Jesus, natural da Guarda.
Excepcionalmente o meu pai não está a ler o jornal,o que fazia habitualmente às refeições. Por vezes eu insurgia-me, reclamando que ele não estava a escutar o que eu dizia. Ele interrompia a leitura, punha o dedo no local em que parara, repetia o que eu tinha estado a falar e recomeçava a leitura.



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