Castro Barroso Gato Nogueira - Blog Photographico - lembrança da moça do Alentejo
Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui
“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)
«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
fotos de capa em fevereiro 22
* Victor Nogueira
2021 02 22 Foto victor nogueira- Póvoa de Varzim - porta com postigos, aldraba e campainha eléctrica
2020 02 22 Foto victor nogueira - réplica duma nau quinhentista, em Vila do Conde (foto em 2019.10.12)
Neste local eram outrora os estaleiros navais, presentemente transferidos para a margem esquerda do Rio Ave, em Azurara.
Esta nau que faz parte dum conjunto museológico dos "Descobrimentos" é visitável. Trata-se duma casca de noz, com camarotes exíguos: os do capitao, dos oficiais e do padre.
2020 02 22 Foto jj castro ferreira - baía de Luanda - c. 1959
Em 1961 para a disciplina de Português escrevi uma redacção sobre Luanda, semanas depois do 4 de Fevereiro e do 15 de Março, que marcam o início da Guerra Colonial ou de Libertação, então ausentes deste texto, como sendo de menor ou nenhuma consciência das futuras implicações e consequências.
Sendo na altura um adolescente, o texto de então não reflecte nem regista que praticamente desde o início Luanda era um porto de saída do tráfico negreiro para as plantações e engenhos das Américas e que a finalidade de Salvador Correia e da sua Armada era simplesmente colocar o tráfico esclavagista nas mãos do Brasil, com a expulsão dos Holandeses. Nada disto era dito ou dado a conhecer nas aulas de Português ou de História ou referido nos livros que tinham de passar pela "censura" Nem há qualquer referência à outra Luanda, a dos musseques, sem condições de habitabilidade e salubridade.
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