Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 7 de fevereiro de 2021

fotos de capa em fevereiro 07

 * Victor Nogueira


2020 02 07 Fotos victor nogueirsa fotos victor nogueira - Murais de Abril, Tríptico em Lisboa na Rua António Maria Cardoso (1978)



2020 02 07 foto de família - em Setúbal - 1980.04.05 (pormenor)


2020 02 07 auto-retrato

2020 02 07 Foto de família - o meu bisavô paterno, José de Castro, natural do Ribatejo e comerciante em Mora, também escrevia poesia. Aqui com uma das filhas, a minha tia-avó Esperança Luís. Os homens liam enquanto as mulheres faziam renda e bordavam!


2019 02 07 Foto victor nogueira - casas típicas das margens do Rio Sado


2018 02 07 foto victor nogueira - Setúbal - O "Francisco" na Doca da Pesca

Uma das 1ªas canções do Zeca Afonso que ouvi, em Luanda, nos idos de 1965 / 1966, no EP d'Os Vampiros.
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Música: José Afonso
Letra: popular (alentejana)
Incipit: Tenho barcos, tenho remos
Data: 1962
EP - 1965
Tenho barcos, tenho remos,
Tenho navios no mar;
Tenho o amor ali defronte
E não lhe posso chegar.
Tenho navios no mar, (bis)
Tenho o amor ali defronte
Não me posso consolar. (bis)
Já fui nau, já fui navio
Já fui chalupa, escaler;
Já fui moço, já sou homem,
Só me falta ter mulher.
Só me falta ter mulher, (bis)
Já fui moço, já sou homem
Já fui chalupa, escaler.

2014 02 07 Entre o ser e o nada
Calámos as palavras e prendemos os gestos, perante o nada que é a vida, breve instante, fósforo que brilha com maior ou menor intensidade, refulgente ou não, e logo se apaga. No vazio de ti, ausência eterna em que persistes enquanto de ti nos lembramos, resta uma paleta mesclada de sons e de cores, alegres ou na sombra, de cambiantes mil. Sem resposta ficarão as perguntas que não foram feitas, a vida que não vivemos ao escolher este ou aquele destino nas múltiplas encruzilhadas. Restam a saudade e a imaginação, entre o nascer e o morrer, entre o tudo e o nada. Ah! Ao pôr o pé na estrada da vida, viandante, a resposta é só uma: “caminhante, caminhando se faz o caminho.” Não há outra saída entre o ser e o nada!

Foto- O homem da bicicleta ao nascer do sol


2013 02 07 Não esquecer - 16 FEVEREIRO

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