Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

fotos de capa em fevereiro 11

 * Victor Nogueira


2021 02 11 Fotos victor nogueira - Paço de Arcos - Rua Costa Pinto / Avenida Miratejo (rotunda) (rolo 55 fotos em 1975.12) 
Partido Comunista Português / A terra a quem a trabalha



2020 02 11 Foto FGP - Em Lisboa, com o meu amigo Gilberto de Oliveira

VER   

2020 02 11 Foto de família - estudando asceticamente ou pondo a correspondência em dia, em Luanda, na Praia do Bispo. A camisola foi tricotada pela minha tia Lili.


2014 02 11 Corto Maltese, um homem de muitas admiradoras e de muitos encantos por elas, mas parece-me que é tudo platónico, talvez por ele ser adepto da igualdade do género, da liberdade e das causas generosas.

Onde termina a liberdade e começam a prisão e a solidão ?


2013 11 02 Setúbal - foto fgp - na 2ª feira de carnaval, outra máscara 

~~~~~ ANéMONA DO MAR ~~~ 
De um punhado
de branca areia salgada
fez-se
verde madeiro
.........................vogando
........................................ao sabor da corrente
na esteira de todos os sorrisos
De ilha em ilha
castelos no ar
que a chuva........gota .......a ........gota
...........................construiu
e o sol dispersou

Victor Nogueira
Évora 1969 Fevereiro


2013 02 11 Continuando o meu balde/baile de máscaras neste carnaval de 2013, um auto-retrato telemovelesco. O poema, esses está aqui, logo a seguir

Lassos
como roupa
no chão.......em rodilha
.............Rugas
(imperceptíveis)
.............nos olhos
um leve sorriso:
olá amiga!

um erguer pela gola
um desalento
um sorriso brando

na serenidadde do entardecer
uma enorme interrogação
a luz do candeeiro
o pó dos caminhos

nos lábios
um leve sorriso
(imperceptíveis)
.........ao canto dos olhos
rugas
.........na alma
um enorme cansaço

VictorNogueira - Poesia
1972.Março.04. Évora

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