Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ródtchenko: Retratos, experimentos e revolução na fotografia

Cultura

Vermelho - 22 de Fevereiro de 2011 - 11h55
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Trezentas obras do fotógrafo russo Aleksandr Ródtchenko estão expostas na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Um dos grandes inovadores da arte de vanguarda do século XX, e um dos líderes reconhecidos do construtivismo russo, Ródtchenko viveu entre 1891 e 1956, fotografou retratos, trabalhou com fotomontagens e também foi pintor e escultor.
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A mostra Aleksandr Ródtchenko: Revolução na Fotografia estará aberta em São Paulo até 1º de maio e procura destacar o aspecto inovador do artista. O fotógrafo foi criador do princípio de fotografar a partir de pontos altos e baixos, criando os "ângulos de Ródtchenko".
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Nascido em São Petersburgo, Ródtchenko iniciou-se na fotografia na década de 1920. Sua maior produção concentra-se no período entre 1924 a 1954. Ródtchenko aliou a experimentação formal a preocupações documentais sobre a vida política e social da União Soviética em seu período inaugural, dos anos de Lênin até o regime repressor iniciado por Stálin (que o colocou no ostracismo nos seus últimos 20 anos de vida).

Serviço

Exposição Aleksandr Ródtchenko: Revolução na Fotografia
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Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 02 - São Paulo, SP
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h

Fonte: Terra Magazine
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Aleksandr Ródtchenko: revolução na fotografia

de 19.fev a 01.mai 2011







A Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Instituto Moreira Sales apresentam exposição com cerca de 300 obras de Aleksandr Ródtchenko (1891-1956), um dos grandes inovadores da arte de vanguarda do século XX, e um dos líderes reconhecidos do construtivismo russo, ao lado de artistas como Kasimir Maliévitch, Kandinsky, Wladimir Tatlin e o poeta Maiakóvski. Nascido em São Petersburgo, Ródtchenko iniciou-se na fotografia na década de 1920 (sua maior produção concentra-se no período entre 1924 a 1954) e foi aclamado internacionalmente como pintor, escultor e designer gráfico. Para ele, fotografar significava a possibilidade de criar arte realmente contemporânea; de mostrar o mundo através de “olhos matinais”.

A mostra Aleksandr Ródtchenko: revolução na fotografia apresenta diferentes características de seu inovador trabalho fotográfico. De fotomontagens a reportagens, que podem ser vistas em obras como Crise (1923), Autocaricatura (1922) e A Primeira Cavalaria (1935); de estudos arquitetônicos a retratos de seu círculo familiar e artístico, como em Banho (1929), Varvara Stepânova (1937) e Retrato da mãe (1924), com destaque para os famosos retratos do poeta Vladimir Maiakóvski; do encurtamento perspectivo, exibido em Barcos (1926) e Degraus (1929) à representação do movimento humano exibida nas obras Corrida de cavalos (1935), Campeões de Moscou (1938) e Coluna da Sociedade Esportiva Dinamo, 1932 (1935); e, finalmente, o princípio de fotografar a partir de pontos altos e baixos, criando os “ângulos de Ródtchenko” como em Pioneiro (1930), Escada de incêndio (1925) e Reunião para uma manifestação (1928).   As séries de fotomontagens feitas para capas de revistas como Novi LEF e Dal ochi Pionier, cartazes e anúncios, outro destaque de sua obra, também poderão ser vistas na exposição.

Para a curadora Olga Svíblova, “em 1924, a fotografia foi invadida por Ródtchenko com o slogan ‘Nosso dever é experimentar’ firmado no centro de sua estética. O resultado dessa invasão foi uma mudança fundamental nas ideias sobre a natureza da fotografia e o papel do fotógrafo”. Ródtchenko aliou a experimentação formal a preocupações documentais sobre a vida política e social da União Soviética em seu período inaugural, dos anos de Lênin até o regime repressor iniciado por Stálin (que o colocou no ostracismo nos seus últimos 20 anos de vida). “Ele introduziu a ideologia construtivista na fotografia e desenvolveu métodos e instrumentos para aplicá-las”, completa Olga.

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gioamado | 14 de Novembro de 2010 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
IMS, Rio de Janeiro

Em todo trabalho eu testo um novo experimento,
Sem o adicional do trabalho antigo
e me proponho tarefas diferentes.
Se você olhasse para tudo o que fiz,
o todo formaria um trabalho vasto
e inteiramente novo.

Aleksandr Ródtchenko
1920
Tudo é experimento
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monadorf10 | 22 de Fevereiro de 2011 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
Passeio Virtual pela exposição de fotos de Ródtchenko na Pinacoteca em São Paulo. Siga no twitter @monadorf. Saiba mais em http://colunistas.ig.com.br/monadorf
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