Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Fotografia com status de arte

Diario de Pernambuco



O coletivo é Tom Cabral, Beto Figueroa, Renato Spencer, Marcelo Lyra e Rafa Medeiros Foto: Renato Spencer/Santolima
A consolidação da fotografia como obra de arte é o objetivo maior do Ateliê Santo Lima das Imagens, cuja nova ação é a exposição permanente Caótica, que reunirá durante todo o ano a produção autoral do seu coletivo de fotógrafos: Marcelo Lyra, Renato Spencer, Rafa Medeiros, Beto Figueiroa e Tom Cabral. O público pode conferir o trabalho desses profissionais a partir de hoje, às 17h, quando eles abrem as portas do espaço com a primeira das 12 edições mensais do Domingo Santo. Será um evento para dinamizar a procura pelas fotografias, que estão sendo vendidas em molduras de tamanhos variados. Até o fim do ano, a proposta é promover duas oficinas.

O projeto também dialoga com as artes visuais e com a música, por isso a participação, nessa primeira edição, do grafiteiro Galo de Souza (que fará a pintura da fachada do ateliê) e do DJ KSB. Marcelo Lyra explica que as fotos da mostra (são mais de 30) serão repostas à medida que forem comercializadas. ´A ideia é manter uma galeria com a produção autoral de fotógrafosque fazem trabalhos freelancer; mostrar a produção que ficava dentro da gaveta. É uma forma de botar a imagem na parede. Batizamos a exposição de Caótica porque não existe um tema fechado, um elo entre as fotos`, resume Lyra.

O projeto tem três frentes: a galeria com a exposição, um laboratório para revelação manual em preto e branco e uma sala para o acervo. O laboratório e o acervo estarão abertos a outros fotógrafos que quiserem revelar e guardar seu material de forma adequada e segura. No segundo semestre, o coletivo programará as oficinas, que serão oferecidas a estudantes de fotografia ligados a ONGs. O Domingo Santo está programado para todos os meses, ocupando espaços artísticos e boêmios da Rua do Lima, como o Muda, Copo Sujo, Nave, Acre. O Santo Lima fica na Rua do Lima, 269, Santo Amaro. Mais informações: 3222-3180. (Michelle de Assumpção)
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http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/01/30/viver3_0.asp
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