Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

22 - Faróis em Vila do Conde e Póvoa de Varzim

 * Victor Nogueira

A tarde estava soalheira e amena. Na Póvoa de Varzim procuro mas não vislumbro o farol do porto. No paredão um velhote de camisa avermelhada, costas voltadas para o mar, contempla o movimento na avenida. Levanta-se, dirige-se para uma motoreta, estugo o passo e, depois de saudá-lo pergunto-lhe pelo farol, que afinal está um pouco  mais para Norte. O homem pergunta-me donde sou, digo-lhe que moro em Setúbal mas estou a passar uns dias no Mindelo. Ele exclama que não tenho fala de Setúbal, digo-lhe que não, que sou angolano e ja vivi em muitas terras: Luanda, Porto, Lisboa, Alcácer do Sal, Évora e agora moro em Setúbal. 

O homem  confirma-me  que foi marinheiro, que também andou embarcado na pesca do bacalhau, que  correu o mundo, enumerando-me os portos e terras em Portugal e no estrangeiro em que esteve, incluindo a Alemanha, como emigrante, E acrescenta que naquele tempo era uma vida muito dura. Simpática e prestavelmente responde às minhas perguntas sobre a Póvoa, diz-me o caminho para o Farol de Rendufe e como encontrar o do porto, junto à Lota, bem como o painel de azulejos com cenas da vida poveira, perto do Casino.


Póvoa de Varzim











A construção do Farol de Rendufe data de 1885-1886, mas não é conhecida a sua origem nem a autoria do projecto. Foi inaugurado, anos depois, em 24 de Março de 1892. É um dos faróis representantes da arte do ferro no Norte do país. A sua torre cilíndrica, pintada a vermelho, ergue-se a vinte e dois metros de altura, apoiada em três escoras de ferro. O desenho do farol é único, mas existem dois tripódes de ferro na Argentina no Cabo San Antonio e Punta Médanos. Vicitável, situa-se na Alameda da Linha da Póvoa, junro à estação de Metro de S. Brás

O Farol de Regufe servia, com o Farol da Lapa, o enfiamento do varadouro da enseada da Póvoa de Varzim. Em 1917 foi construída uma moradia junto ao farol, onde, em 1929, nasceria o historiador de arte portuguesa Flávio Gonçalves, filho do encarregado do farol. Em 1951 foi eletrificado e restaurado em 1995. Em Dezembro de 2001 foi desactivado mas a população opôs-se á sua transferência para outro local. Presntemente é possíver vistá-lo. (Wikipedia)


O Farol da Lapa já teve publicação neste Kant_O htomatico em 21 - Faróis na Póvoa de Varzim e Vila do Conde

Vila do Conde


Na outrora rochosa praia de Caxinas o assoreamento cobriu muitos dos rochedos, mas num deles ainda lá permanece o farolim verde do (Aguilhão), a 7,38 metros acima do nível do mar e a outra luz vermelha a 15,21 metros, no mesmo enfiamento (antigo farol). O enfiamento do posto da guarda fiscal com o penedo do Aguilhão sinaliza a entrada da barra pelo norte, enquanto que o da casa da pita com o da casa dos pescadores sinaliza a entrada sul da barra. (in 


Fotos em 2021 09 16 Canon 196_09

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