Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 3 de março de 2017

O tempo de Alfredo Cunha

A exposição “Tempo depois do tempo” é inaugurada hoje, na Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa.

A retrospectiva da obra de Alfredo Cunha apresenta quase 500 fotografias, resultado de 47 anos de carreira. Ao longo deste tempo, o repórter (antigo editor de fotografia do PÚBLICO) captou os mais variados temas: histórias de guerra, um pouco por todo o mundo; momentos icónicos da história portuguesa - como o 25 de Abril e a descolonização -, retratos de personalidades nacionais ou o quotidiano de países como Nepal, Haiti, Guiné-Bissau ou Níger.

No vídeo de hoje, Alfredo Cunha mostra-nos um dos trabalhos de que mais se orgulha, mas que não quer repetir: as fotografias que fez da guerra do Iraque, em 2003 e 2015.

http://www.publico.pt/multimedia/video/o-tempo-de-alfredo-cunha-20170302-101146


Alfredo Cunha, o fotógrafo que não pára quieto



São Tomé e Príncipe, 1975


Descolonização


Lisboa, 25 de Abril de 197



Vila Franca de Xira, 1975


Níger, 2014



Lisboa recebe na Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional retrospectiva daquele que é um dos mais experientes fotojornalistas portugueses. Exposição de Alfredo Cunha abre ao público no dia 3 de Março. A exposição pode ser visitada até ao dia 25 de Abril.

http://www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/alfredo-cunha-o-fotografo-que-nao-para-370248#/0


Exposição com 480 fotografias de Alfredo Cunha é inaugurada em Lisboa



Uma exposição com 480 imagens captadas pelo fotojornalista Alfredo Cunha, que cobrem quase 50 anos de trabalho, é inaugurada nesta sexta-feira, às 19h, na Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa.
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Intitulada Tempo depois do tempo. Fotografias de Alfredo Cunha 1970-2017, a retrospectiva apresenta diversas imagens que ficaram na história do país ainda antes do 25 de Abril de 1974, de acordo com a organização, a cargo das Galerias Municipais de Lisboa.

Momentos que ficaram na memória colectiva dos portugueses, como as imagens do capitão Salgueiro Maia no dia da Revolução dos Cravos, ou dos contentores chegados das ex-colónias africanas portuguesas ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foram integradas nesta exposição.

Ao longo de 47 anos, Alfredo Cunha captou, não só factos históricos como rostos anónimos pelo mundo inteiro: a queda do ditador Nicolae Ceausescu, na Roménia (em 1989), a guerra no Iraque, país onde esteve em 2003 e ao qual regressou várias vezes na última década.

Em 2012 tornou-se fotojornalista freelancer e participou no projecto comemorativo dos 30 anos da Assistência Médica Internacional Três Décadas de Esperança, que o levou a percorrer países como o Níger, a Roménia, o Bangladesh, a Índia, o Haiti, o Sri Lanka, a Guiné-Bissau e o Nepal.

Nascido em 1953, em Celorico da Beira, neto e filho de fotógrafos, Alfredo Cunha foi cedo influenciado pelo pai António, que começou a levá-lo a fotografar casamentos com cerca de 10 anos.

Parte da sua colecção encontra-se no Centro Português de Fotografia do Porto e no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, de que é o maior doador, tendo contribuído com mais de 500 fotografias em papel e mais de 5000 digitalizadas, segundo o comunicado das Galerias Municipais.

Alfredo Cunha iniciou em 1970 a sua carreira profissional em fotografia publicitária e comercial e, no ano seguinte, em 1971, a carreira de fotojornalista no Notícias da Amadora.

A retrospectiva está organizada por décadas e em núcleos, desde o nacional, internacional, retratos e AMI, ficando patente até 25 de Abril.


 https://www.publico.pt/2017/03/03/culturaipsilon/noticia/exposicao-com-480-fotografias-de-alfredo-cunha-inaugurada-em-lisboa-1763876

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