Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 16 de outubro de 2016

Morreu o fotógrafo Louis Stettner, o Doisneau americano



Trabalhou como repórter fotográfico para as revistas TimeLifeParis Match e National Geographic. Tinha 93 anos.

Uma das fotografias de Louis Stettner que estava na exposição do Pompidou LOUIS STETTNER CORTESIA DO CENTRE POMPIDOU

O fotógrafo Louis Stettner, morreu aos 93 anos, em Paris, divulgou o Centro Georges Pompidou que lhe dedicou uma exposição no Verão passado. Chamavam-lhe o "Doisneau americano", pelas imagens que captou, em Paris e em Nova Iorque, na euforia do pós-guerra. 
“Entre França e os Estados Unidos, com um pé em cada continente, Louis Stettner sempre soube exprimir, através de uma fotografia sensível e empenhada, a vida quotidiana dos seus semelhantes”, sublinhou o presidente do Centro Pompidou, Serge Lasvignes, em comunicado.
Nascido em Nova Iorque no dia 7 de Novembro de 1922, Louis Stettner escolheu viver na capital francesa a partir dos anos 1950 e foi principalmente nestas duas cidades que construiu a sua obra captando cenas da vida quotidiana, os habitantes e as ruas, com o olhar poético que o caracterizava.
Trabalhou como repórter fotográfico para as revistas TimeLifeParis MatchFortune e National Geographic e estudou no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos de 1947 a 1949.  Com uma ligação muito forte a França, Stettner montou pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial uma exposição em Nova Iorque para divulgar os trabalhos de Brassaï, Doisneau, Boubat e Izis.
 O Centro Pompidou mostrou de 15 de Junho a 12 de Setembro uma centena das suas obras na Galeria de fotografias e o artista quis que o centro fosse "o lugar de referência" para a sua obra e por isso lhe doou ainda ano, um conjunto considerável de 104 fotografias do seu acervo.
“Ele tinha uma criatividade transbordante”, conta Clément Chéroux, comissário dessa exposição, à AFP. "Escrevia, desenhava, esculpia e fotografava...Pouco antes da exposição inaugurar no Pompidou, ele andava a fotografar nos Alpilles com um equipamento que pesava uns doze quilos!”.
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-louis-stettner-o-fotografo-que-se-inspirou-nas-ruas-de-paris-e-de-nova-iorque-1747611

http://www.loustettner.com/



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