Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 9 de julho de 2022

Ferrovias (10) - Estações em Lisboa (3ª edição)

   * Victor Nogueira

Estas fotos foram tiradas por mim no presente milénio, viajando no chamado lugar do pendura, à passagem do Fiesta II, em variados estados do tempo, No entanto três delas são de 1976. Nesta publicação figuram as estações de Alcântara-Mar, Belém, Cais do Sodré, Gare do Oriente, Santa Apolónia, Santos e Sul e Sueste (fluvial). Há fotos de Alcântara-Terra e de Roma, mas não estão digitalizadas.

Belém




(Museu da Electricidade)


(Museu dos Coches)



Em 30 de Setembro de 1889, foi inaugurado o primeiro lanço da Linha de Cascais, de Pedrouços a Cascais, e em 6 de Dezembro de 1890 entrou ao serviço o troço entre Pedrouços e Alcântara-Mar, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. Em Junho de 1896, estava a ser instalada a via definitiva neste troço, que passaria a ser em linha dupla, e estava em construção uma estação nova para Belém, que ficaria noutro local, mas com o mesmo alinhamento em relação à praça.

Em 1932, a Sociedade Estoril inaugurou um novo edifício de passageiros, para substituir um barracão temporário que tinha sido construído para esse fim e, no ano seguinte, foi construído um abrigo.




 Alcântara-Mar





Esta estação situa-se junto à Avenida da Índia, em Lisboa e foi inaugurada, como terminal provisório do Ramal de Cascais, em 6 de Dezembro de 1890. Em 1891, foi inaugurado o ramal até Alcântara-Terra. Na década de 1920, a estação foi alvo de profundas obras de remodelação, tendo sido electrificadas as vias e construído um novo edifício de passageiros, desenhado pelo arquitecto Cottinelli Telmo

Santos


O troço entre as Estações de Alcântara-Mar e Cais do Sodré, onde esta interface se insere, foi aberto à exploração em 4 de Setembro de 1895, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. Até pelo menos 1902, Santos tinha estatuto de apeadeiro. Na sequência de contrato assinado em 1918 a Sociedade Estoril passou a explorar a Linha de Cascais. Esta empresa iniciou um projecto de modernização e electrificação da Linha, no âmbito do qual se levou a cabo a reconstrução de várias estações, incluindo Santos, tendo a cerimónia de inauguração da tracção eléctrica ocorrido em 18 de Agosto de 1926.


Cais do Sodré












Chegada dum comboio

Esta estação situa-se junto à Praça Duque de Terceira, na freguesia de Misericórdia (São Paulo), em Lisboa. Em 6 de Dezembro de 1890, a Linha de Cascais chegou a Alcântara-Mar, e em 4 de Setembro de 1895, foi prolongada até ao Cais do Sodré, concluindo aquele caminho de ferro. A estação original do Cais do Sodré era apenas composta por um edifício modesto, construído em madeira. Embora este edifício tenha sido construído apenas de forma provisória, os sucessivos atrasos na construção da estação definitiva levaram a que tenha sido utilizado durante muitos anos, situação que também se verificou noutros pontos do país. O edifício actual apresenta um estilo modernista e foi projectado pelo arquitecto Pardal Monteiro, sendo inaugurado em 1928 

Gare do Oriente



Projectada pelo arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, ficou concluída em 1998 para servir a Expo’98, e, posteriormente, o Parque das Nações.



Santa Apolónia


Lisboa e Santa Apolónia com a cúpula de Santa Engrácia (Panteão Nacional) ao fundo e em cima, numa tarde pluviosa. Á esquerda o Museu Militar e à direita a Estação ferroviária de Santa Apolónia.










Originalmente planeada como uma gare ferroviária e fluvial, entrou ao serviço apenas como uma gare provisória em 28 de Outubro de 1856, quando foi inaugurado o primeiro lanço de via férrea em Portugal, até ao Carregado.  

A fachada principal, simétrica, apresenta-se do estilo neoclássico, como pode ser comprovado pela decoração das sacadas, pelo frontão e arquitrave, os arcos de volta perfeita e a saliência no módulo principal. O projecto foi realizado por Angel Arribas Ugarte, e a obra foi conduzida pelo engenheiro-director, João Evangelista de Abreu, e pelo engenheiro-chefe, Lecrenier. A estação foi inaugurada em 1 de Maio de 1865,entrando ao serviço logo nesse dia. Em 190 foi acrescentado um 3º piso.

Sul e Sueste (fluvial) 







1976 - (foto MNS)



(1976)

Esta estação foi inaugurada em 28 de Maio de 1932. tendo sido projectada por Cottinelli Telmo, no estilo Art Déco, sendo considerada como um exemplo da abertura ao modernismo internacional. De concepção inovadora, demonstrou as capacidades constructivas do betão armado,

VER   Estações ferroviárias de Lisboa‎ 

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