Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 23 de agosto de 2014

Barcelos

* texto e fotos Victor Nogueira

2014

Nesta ronda com o Paulo para visitar a minha família de Goios e Pedra Furada, no concelho de Barcelos, que não via desde há uns 30 anos, a volta é tb por esta última povoação, para conhecer uma das minhas primas. Aproveito para na  Livraria Lys compar uma obra sobre António (de Sousa) Barroso (1854-1918) que foi mission+ario em Angola (Congo) e Moçambique, e também Bispo do Porto, primo do meu avô materno e que celebrou o seu casamento com a minha avó Francisca.

1997

Barcelinhos é numa margem do rio Cávado, e Barcelos  na outra. Sobranceiro à ponte medieval que liga as duas povoações encontra-se o paço dos condes de Barcelos, arruinado devido ao terramoto de 1755, mantendo se apenas as paredes e uma alta chaminé, funcionando como museu arqueológico ao ar livre. Ao lado situa-se a igreja matriz de santa maria maior, romano gótica Imponente é o palácio solar dos pinheiros, de aspecto medieval, com duas torres rectangulares.

O  progresso, a necessidade de expansãoi  urbana e novos edifícios levaram à demolição das muralhas durante o  século XIX. Subsistem alguns panos da muralha e a torre de menagem, esta transformada em posto de turismo e de venda de artesanato regional, cerca da antiga rua Direita, hoje denominada de D. António Barroso, lembrado numa estátua defronte do edifício do município. Perto fica a Igreja das Cruzes, de planta octogonal, e o Passeio dos Assentos, florido jardim, seguido dum vasto terreiro arborizado, o Largo da Feira, esta realizada semanalmente às quintas feiras: é uma feira de origem medieval, especialmente dedicada à venda de olaria, embora os produtos da lavoura e a venda de gado não ocupem lugar menos importante. A cerâmica é característica, de carácter profano ou religioso, colorida - cenas da vida rural, fauna e animais fantásticos. Pratos de barro vidrado vermelho acastanhado com desenhos em traço amarelo.

É de referir a lenda do Galo de Barcelos, que deu origem a uma imagem característica e multicolor, de enorme crista vermelha, o galo de Barcelos; contase que um galo morto e cozinhado cantou de madrugada, assim demonstrando a inocência de quem seria justiçado por um crime que não cometera. Doutra lenda dá conta o cruzeiro - figurativo - do Senhor do Galo, com um homem suspenso da forca sobre um personagem barbado com alforge e báculo ou bordão, que não é senão Santiago, o Maior, cuja invocação o salvou.. Da primeira lenda dá conta o cruzeiro do Senhor do Galo,  proveniente do lugar da Forca Velha, em Barcelinhos, obra do séc. XIV. (Memórias de Viagem, 1997  )



ruínas do paço ducal e museu arqueológico


solar dos Pinheiros



Câmara Municipal


rua infante d. Henrique




Rua D. António Barroso (antiga rua direita)






jardim e praça da pontevedra






rua D. António Barroso ou antiga rua direita


solar dos pinheiros


igreja matriz e antigo paço ducal

CONTINUA EM Barcelos e Barcelinhos
http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/09/barcelos-e-barcelinhos.html


1 comentário:

Lúcia disse...

Gostei muito! Obrigada