* Victor Nogueira
Qualquer das duas estações de Palmela situam-se na planície, bem longe da alcandorada vila que a partir do castelo árabe se espraiou encosta abaixo, estilo quebra-costas. A estação primitiva situa-se no troço entre Pinhal Novo e Setúbal, da Linha do Sul, que abriu à exploração em 1 de Fevereiro de 1861. Em 1913, existia um serviço de diligências entre a estação e a vila de Palmela. Após a integração dos antigos Caminhos de Ferro do Estado na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, em 1927, aquela empresa iniciou um programa de remodelação das antigas estações do Estado, incluindo a de Palmela, que em 1934 foi objecto de grandes obras de reparação.
Segundo a Wikipedia sta esetação é a terceira das quatro referidas por Fernando Pessoa no seu poema “Anti-Gazetilha” (Sol 1926.11.13; mais tarde incluída como “O Comboio Descendente” em numerosas antologias e musicada nos anos 1980 por Zé Mário Branco), que descreve um sinuoso e improvável «comboio descendente» que segue de «Queluz à Cruz Quebrada», «da Cruz Quebrada a Palmela», e «de Palmela a Portimão». (1)
A primitiva estação foi desactivada após a construção duma outra, - Palmela A - mais a sul, cuja «obra esteve a cargo do arquitecto Motta Guedes, que procurou criar um espaço harmonioso e funcional que não desfigurasse o elevado conteúdo histórico e ambiental em que esta estação se encontra, sendo decorada com painéis de azulejos de autoria de Costa Pinheiro e de Jun Shirasu. (2)
Palmela A
Fotos em 2022 04 03
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