2022 04 17 - Foto victor nogueira - Não se trata dum curso de água numa região tropical ou equatorial mas da foz da Ribeira da Ajuda, na maré cheia, com o Rio Sado entrando por terra dentro. (2016 05 10)
2021 04 17 Foto victor nogueira - Leiria - Sé (painel de azulejos) - rolo 346 (1998.06.03)
2020 / 2019 / 2015 04 17 maria emília - fases da vida ou as marcas do tempo (fotos de estúdio) - Porto 1920.01.04 / Setúbal 2013.04.17
2020 / 2018 / 2016 04 17 Victor visto pelo Francisco em 2015 05 05 - Eu vestia uma camisa aos quadrados brancos e violeta, um blusão beige (com dois bolsos visíveis) para além de calças e sapatos pretos. Perguntando-lhe pelo relógio que estava encoberto pelas mangas, ele acabou por aparecer ... por cima da manga esquerda do blusão
2018 Foto victor nogueira - em Paço de Arcos, O Príncipe (Porto 1921 / Setúbal 2013) da Maria Emília (Porto 1920 / Setúbal 2013), com os netos Rui e Susana
2017 04 17 Foto victor nogueira - Em Setúbal, 4 gerações contando com o fotógrafo: Maria Emília (m. 2013.04.17), Lilí (m. 2017.03.17), Francisco (n. 2009.04.17) e Susana
2015 04 17 em carcavelos - foto jjcastro ferreira (+) - maria emília (+), manuel (+), celeste (+), susana, maria luísa, rui pedro, victor, esperança (+)
2014 04 17 - Foto Victor Nogueira - Maria Emília - 1920-01-04 / 2013-04-17
Falar, lembrar, é um solilóquio, um exercício solitário e na solidão. São os vivos e o futuro o destino do meu olhar e do meu caminhar. Sem esquecer o passado, Num tempo e numa terra em que a solidariedade, a entre-ajuda, a disponibilidade são cada vez mais palavras vãs. que se esgotam no dia a dia ou na virtualidade asseptica das redes sociais onde o único sentido activo é o da visão, raramente o da audição, mas nunca os do tacto, do olfacto ou do sabor a sal...
2013 04 17 3 Gerações - Foto Rui Pedro
Maria Emília - Porto 1920.01.04 / Poceirão 2013.04.17
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O LUGAR DA CASA
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Uma casa que fosse um areal deserto;
que nem casa fosse;
só um lugar onde o lume foi aceso,
e à sua roda se sentou a alegria;
e aqueceu as mãos;
e partiu porque tinha um destino;
coisa simples e pouca, mas destino
crescer como árvore,
resistir ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos de abril ou, quem sabe?,
a floração dos ramos, que pareciam secos,
e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia
Eugénio de Andrade
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Poema à Mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite.
Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"
2012 04 17 'To dream an impossible dream' - Porque não? Sonhar as coisas impossíveis!
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