Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

“Luz, sombra e formas” - Rodrigo Moura



“Luz, sombra e formas”


A imagem é poderosa, pode expressar sons, exalar odores, revelar silêncios, falar conosco, tal é seu alcance de persuasão em nossa mente.

O olhar sensível capta as senhas, desvenda os códigos, enxerga as nuances, seja de quem fotografa a imagem ou a contempla. Aliás, ver e enxergar: essencial para ambos.


A exposição do fotógrafo Rodrigo Moura, traduz o que digo em “Luz, Sombra e Formas”, no Depois Bar e Arte, até o próximo dia 30 de junho. “Espero que as fotos despertem uma sensação e reflexão bem pessoais, se comuniquem com quem as vê”, diz ele. Para quem tem  olhos atentos e sensibilidade de portas abertas, estabelece essa comunicação.

Seu olhar poético registrou estátuas, insetos, traços geométricos, luzes, cenas de uma cidade em movimento, objetos que aparentemente não têm o que dizer, porém, ganham sentido para o fotógrafo e à pessoa que pousa seu olhar sobre a imagem.


São mais de 30 fotos, coloridas ou em preto e branco, todas possuem uma sensação implícita e um propósito de existir.

Esta é a primeira exposição de Rodrigo Moura, formado em Direito, mas apaixonado pela fotografia desde jovem. Com ela veio a poesia e atualmente está escrevendo contos com personagens inusitados.

Aliás, nesta exposição ele apresenta o mini conto “O Homem Atado”, com ensaio fotográfico utilizando bonecos, um homem e um rato, simbolismos para abordar a luta interior do ser humano para se adequar ao mundo que o cerca.





Um pouco do seu trabalho pode ser conhecido em sua página na internet: www.photolitho.com.br . Lembrando que ele é colaborador deste blog na cobertura de eventos aos quais compareço.

Vale a pena visitar a exposição, ouvir uma boa música e curtir o ambiente aconchegante do Depois Bar e Arte, que fica Rua Cônego Januário Barbosa, 123, centro de Sorocaba. Informações: (15) 3234 7082.

Abraço,
Andréa Freire


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