Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 10 de outubro de 2009

Brasil - Fotografia em evidência na Semana de Arte e Cultura


.

A Unidade de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) em parceria com o Núcleo de Documentação da Cultura Afro-Brasileira – Atabaque da Furg, realizou ontem um

painel sobre fotografia. Mais de 50 estudantes dos cursos de Artes, História, Biblioteconomia, Arquivologia, Arqueologia, Geografia e a comunidade interessada assistiram às palestras que integraram a programação da 22ª Semana de Arte e Cultura.
.

A atividade ocorreu na Fototeca Municipal Ricardo Giovannini, localizada no Centro Municipal de Cultura. O primeiro painel foi apresentado pela professora Francisca Ferreira Michelon, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e teve como tema: “Fotografia, memória e arte: conceitos e intersecções do Séc. 19 ao 21”. O outro painel foi ministrado pela professora Teresa Martins Lenzo, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com o tema “Fotografia e Documento: entre marcas e traduções luminosas”.

.

De acordo com Francisca, que é professora do Mestrado do Instituto de Ciências Humanas e dos cursos de Museologia, Restauro e Artes da UFPel, a fotografia surgiu no século 19 como mais um dos meios de representação. Em seu painel, ela abordou a relação da fotografia e da obra de arte. “A obra de arte e a fotografia têm uma referência muito forte. O resultado de uma fotografia não é exatamente uma forma, mas é ainda melhor que o somatório de todas as outras representações, como o cinema e o desenho”, explicou.

.

Conforme Francisca, o que ocorre atualmente é a hibridização das imagens. “A fotografia é um permanente diálogo com todas as formas de representação e permanente evocação de tudo que a cultura já produziu visualmente”. destacou. Segundo ela, a fotografia não é definida como poética, ou seja, como arte, pela forma como foi produzida. “A maneira como o fotógrafo ou artista usa a fotografia é que define e não o processo de produção. O atributo não está nem no meio e nem nela própria, mas na forma como ela é usada”, salientou.



.

Lorena Garibaldi

.

In Jornal Agora - Rio Grande do Sul 2009.10.10

.

.

Sem comentários: