Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Paço de Arcos em fotos de capa (2023)

 * Victor Nogueira


2023 07 12 Foto victor nogueira - Coreto no Jardim Público de Paço de Arcos (Rolo 108). Paço de Arcos foi uma estância de veraneio da burguesia novecentista, até que a família real rumou para Cascais, com isso arrastando a "alta sociedade". Desses tempos subsistem alguns chalets, o coreto  e o edifício do casino, no antigo passeio público




2023 07 13   Foto victor nogueira  - Paço de Arcos, antigo Cinema Chaplin (Rolo108)

O cinema há muito que encerrou portas, dando lugar a um novo  edifício que conservou a fachada e paredes laterais. Antigamente havia os cinemas de estreia e os de "reprise", estes últimos nos bairros citadinos e em muitas localidades de Portugal, a preços mais acessíveis e populares. O Chaplin era um dos cinemas de "reprise", que normalmente exibiam dois filmes por sessão, para além de noticiários cinematográficos. Frequentei este cinema muitas vezes.

«Além à esquerda vejo o barracão feio do cinema da vila [o Chaplin]: apenas três sessões semanais no verão - terças, sábados e domingos. » (MCG - 1972.08.10)

«Registo as mudanças, algumas já antigas - o cinema chaplin das sessões duplas encerrou há muito, foi demolido em 1998, e hoje conserva apenas a fachada como memória. » (2020 09 02)




2023 07 14 Foto victor nogueira (1990 Rolo 139) - Fonte de Maio, na Avenida Conde S. Januário, em Paço de Arcos  

Presentemente e desde há muito esta fonte está desactivada, por estarem as suas águas inquinadas, imprópria para consumo.  É constituída por uma só bica e um pequeno tanque rectangular. Encontra-se revestida a azulejos azuis e brancos, obra posterior a esta foto. Em 2008 recebeu obras de recuperação.



2023 07 15 Foto victor nogueira - Vista geral de Paço de Arcos, leste  (Rolo 108) - Em 1º plano, à esquerda, a vivenda estilo "casa portuguesa", na Avenida Conde S. Januário,  em cujo 1º andar residia a minha tia-avó Esperança, enquanto no piso térreo habitavam os senhorios.


2023 07 16 Foto victor nogueira - Paço de Arcos -  Fachada virada a poente da vivenda na Avenida Conde S. Januário, em cujo 1º andar viviam as minhas tias Esperança e Lili, a casa que em Portugal sempre foi como se fora a casa dos meus pais. (1990 rolo 139)





2023 07 17 Foto victor nogueira - Paço de Arcos - No Centro Comercial Oeiras Parque, uma das  catedrais de consumo  (Rolo 108)


2023 07 18 Foto victor nogueira - palacete na Rua Costa Pinto, em Paço de Arcos. Este situava-se cerca do nº 148, onde foi o quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros de Paço de Arcos. No palacete havia uma pensão que conheci também já decadente numa das vezes em que lá fiquei hospedado.  O edifício foi remodelado mas o "azulejo" perdeu-se. No piso térreo encontra-se presentemente a agência da Caixa Geral de Depósitos, anteriormente localizada na Praceta Dionísio Martins.  







2023 07 19 Foto victor nogueira - Mural em Paço de Arcos (Rolo 139)  1974 25 Abril 1990 Por uma alternativa democrítica PCP


2023 07 20 Foto victor nogueira - Rua Fonte de Maio, em Paço de Arcos, troço da antiga Estrada de Paço de Arcos que ligava esta vila a Porto Salvo. A meio e à direita vislumbram-se as traseiras e a varanda da cozinha da vivenda onde habitava a minha tia avó Esperança, na Avenida Conde S. Januário.

Sem comentários: