Castro Barroso Gato Nogueira - Blog Photographico - lembrança da moça do Alentejo
Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui
“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)
«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973
domingo, 1 de maio de 2022
Fotos de capa em maio 01
*Victor Nogueira
2022 05 01 - Entre Abril e Maio de 1974, na imprensa portuguesa
2022 05 01 - O 1º de Maio de 1974 na imprensa portuguesa
2021 05 01 - 'Primeiro de Maio", tela de Yuri Kugach (1952, óleo sobre tela, col. particular)
2021 05 01 - 1º de Maio - Cartaz da CGTP
2020 05 01 - 1º de Maio 2020, em Lisboa CGTP
2020 05 01 - Foto de autor não identificado - o 1º de Maio de 1974, no Porto
2020 05 01 - 1º de Maio CGTP 50 Anos - 1970 - 2020
50 aniversário da fundação da Intersindical, na clandestinidade, em 1970
2020 05 01 - Lisboa - o 1º de Maio de 1974 (foto de autor não identificado)
2019 05 01 Volpedo - «O Quarto Estado (em italiano: Il quarto stato) é uma pintura a óleo sobre tela (293×545 cm) do pintor italiano Giuseppe Pellizza da Volpedo (1868-1907), concluída em 1901 e conservada no Museu do Novecento em Milão. O Quarto Estado descreve um grupo de trabalhadores marchando em protesto numa praça, presumivelmente a Malaspina de Volpedo.» (Wikipedia)
2018 05 01 foto victor nogueira - à beira-tejo, em lisboa, com a ponte 25 de abril e o cristo-rei (em Almada) como pano de fundo, em 2017.04.27
2018 05 01 foto de Penélope - em Lisboa, à beira-tejo, na tarde de 2018.04.27 (pormenor)
2017 05 01 foto victor nogueira - Setúbal - sombra do campanário da antiga Casa da Confraria do Corpo Santo, actual Museu do Barroco. Ver na caixa de comentários o referido campanário.
2016 05 01 TODOS DIFERENTES TODOS IGUAIS - UMA SÓ HUMANIDADE
## No que respeita aos homens, nem o riso, nem as lágrimas, nem a indignação, mas apenas o entendimento [i.e.saber o porquê] (Espinosa)
## Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. E justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxilio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de apresentar e nessa linguagem emprestada. (...) De maneira idêntica, o principiante que aprende um novo idioma, traduz sempre as palavras deste idioma para sua língua natal; mas só quando puder manejá-lo sem apelar para o passado e esquecer sua própria língua no emprego da nova, terá assimilado o espírito desta última e poderá produzir livremente nela.(Karl Marx, in "O 18 de Brumário de Louis Bonaparte")
## Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.(Karl Marx)
2015 05 01 Viva o 1º de Maio, por Maria João de Sousa
Que dizer-te?
Os versos de Maio
soltaram-se de nós
e
escorreram-nos, vermelhos,
dos dedos que os teciam...
Indiferentes à nossa surpresa,
foram-se-nos derramando no espaço e no tempo,
renovados e limpos,
espraiaram-se,
infiltraram-se na aspereza
de todas as coisas conhecidas, ou não,
recusaram-se
a ser os actores
de um palco só nosso,
derrubaram cenários, rasgaram cortinas,
ganharam vida própria
e cimentaram vontades
ao assumirem a vida que em si traziam
fugiram-nos, amigo/a...
rebeldes,
tocaram-nos
e
fugiram-nos
para que todos conhecessem
as razões da sua rebeldia...
que dizer-te
e
como dizer-to,
se da força do Maio nos brotaram?
Maria João Brito de Sousa
Viva o 1º de MAIO!
Tela de Diego Rivera
2014 05 01 foto Victor Nogueira - 1º de Maio de 2014 em Setúbal
Uma tarde de calor e soalheira, uma manifestação concorrida tendo em conta que a maioria do pessoal normalmente vai engrossar a de Lisboa, menos jovens que em anos anteriores, muitas faixas e cartazes, 3 ou 4 carros engalanados com minimalismo, um deles, o do STAL, com o inefável coelho.
Muitos cafés abertos e alguns minimercados. Longe vai o tempo em que no 1º de Maio e no 25 de Abril tudo fechava. Agora, o Governo de Pedro e Paulo sustentado pelo TóZé, o Seguro escavaco, pretende arejar dias e noites permitindo que o comércio esteja diariamente aberto, noite e dia, a semana inteira, sem pausas.
Em Setúbal, outrora, num 2º andar no 1º de Maio, um casal idoso numa das avenidas sorria aos manifestantes acenando com um cravo vermelho. Mas o ano passado tal já não sucedeu e este ano não os vi.
Já de seguida o SONETO DO TRABALHO, de Ary dos Santos
Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
-
Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
á força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas
-
Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
-
Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.
2014 05 01 - Vamos ao 1º de Maio denunciar e combater
2014 05 01 1º de Maio CGTP Lutar para mudar
2014 05 01 foto Victor Nogueira -1974/75 - cartazes e murais de abril 06 - Moita (1983)
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