Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 14 de dezembro de 2019

Murça, 1999

* Victor Nogueira




Pelourinho (Praça 5 de Outubro)


Pedra de Arma dos Guedes, que foram donatários da Vila (Praça 5 de Outubro)



Porca de Murça - Muitas povoações transmontanas têm o varrasco como símbolo
(Largo 31 de Janeiro)




Serra da Garraia

Murça - Foto à porca de Murça. O centro da vila está em obras, tudo cheio de canas. Pelourinho e casas antigas. De Murça para Mirandela está quase tudo despovoado. O pelourinho é coevo de D. Manuel I, que concedeu à vila nova carta de foral em 1512. Assenta em oito degraus, com fuste espiralado encimado por capitel com símbolos heráldicos, estando rematado por cinco pináculos espiralados. (Notas de Viagens 1999.10.27)

fotos em 1999,10.22
rolo 431

Pelourinho de Murça
IPA.00005889
Portugal, Vila Real, Murça, Murça

Arquitectura político-administrativa e judicial, manuelina. Pelourinho de tabuleiro, com soco quadrangular de vários degraus, base quadrilobada e coluna torsa, tendo o capitel sobreposto por elementos heráldicos em cada uma das faces. Pelourinho com o tabuleiro encimado por cinco colunelos torsos altos e terminados em florão. O capitel, formado por várias molduras escalonadas, tem escudos com as armas de D. Manuel e as dos Guedes, donatários da vila de Murça, num esquema alternado. (http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5889)


A lenda da porca de Murça
APL 1050
Contam as gentes mais antigas da vila de Murça que, há tempos imemoriais, os seus habitantes andavam atormentados. A causa desse tormento era uma ursa, feroz e esfomeada, que atacava a povoação em busca de alimento. Violentava as pessoas e chagava mesmo a comer crianças se as apanhasse.

Revoltados de tanto sofrer com a morte dos seus familiares e amigos, os habitantes resolveram enfrentar o medo e lutar contra o feroz animal.

Reuniram-se os homens mais fortes da aldeia, traçaram planos e foram à procura da ursa. Foi travada uma luta, chegando mesmo alguns deles a ficar feridos. Mas a ursa saiu derrotada e morta.

Os habitantes regressaram às suas casas vitoriosos e contentes. Mandou-se fazer, para que este feito não fosse esquecido, a estátua de uma ursa em pedra, que foi implantada na praça da povoação, e mudou-se-lhe o nome para Murça, em homenagem à coragem dos heróis que salvaram a população.

Hoje, Murça é uma vila e ainda existe lá a estátua em pedra que é conhecida como a porca de Murça.

Fonte BiblioAA. VV., - Literatura Portuguesa de Tradição Oral s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003 , p.L21, 2002, MURÇA, VILA REAL (http://www.lendarium.org/narrative/a-lenda-da-porca-de-murca/)



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