Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Fim de dia em Azurara

 * Victor Nogueira


1. - Toda a noite trovejou e a manhã está fria, húmida e cinzenta, convidando ao borracho, sem Cinderela. Tudo é silêncio, salvo o sobrevoo dos aviões de Pedras Rubras (para mim é sempre este o nome e não Sá Carneiro). Depois de almoço virá o pedreiro, para reparação do telhado. A remodelação da cozinha terá de ficar para outro ano. Vou aproveitar o dia cinzento para  escrever o artigo para o jornal sindical subordinado ao tema "a cantiga é uma arma". Antes será a quotidiana leitura de imprensa on line e de blogs, num dos quais estou em polémica (1). A trovoada afastou-se mas a manhã continua cinzenta.

2. - As obras no telhado quase de certeza não serão este ano. A tarde foi de céu azul com flocos de núvens brancas que por vezes largavam uns pingos de chuva  estilo "molha tolos" e "molha tólas". Espero que Agosto termine e com ele  a época de praias e dos engarrafamentos e do pára-arranca. Passo pela tabacaria em Areias, na vizinha freguesia de Árvore, para encomendar as Graphic Novels semanalmente distribuídas pelo Público. Reconhecem-me a empregada, a dona do café e a empregada ou dona do mini-mercado onde vou comprar pilhas para o esquentador. Sigo para Azurara, em busca duma oficina-auto e aproveito para fotografar de  novo a Igreja de Santa Maria A Nova. Regresso ao Mindelo onde vou lanchar à Pastelaria Santa Clara, cujos donos também me reconhecem. Todos me reconhecem de anos anteriores  e me falam simpaticamente.

Em casa e num dos meus blogs encontro um simpático comentário a uma das publicações. (2)

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(1) -farsas e farsantes in http://mundophonographo.blogspot.pt/2016/08/farsas-e-farsantes.html
(2)  epopeia - filarmonica fraude jn http://galeriaphotomaton.blogspot.pt/2010/05/epopeia-filarmonica-fraude.html




pelourinho




igreja de santa maria  de azurara e cruzeiro manuelino




O nicho tem a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, vinda da primitiva capela de Azurara com a mesma designação.



Pórtico principal (pormenores) -  decorado com motivos de grotesco



torre sineira e púlpito

A construção da igreja ter-se-á iniciado cerca de 1502, na sequência da autorização de D. Manuel I para se edificar uma nova igreja paroquial em Azurara em substituição da pequena Capela de Nossa Senhora da Apresentação; dessa edificação original sobrevive a imagem da Virgem integrada num nicho na parte superior do Portal. No essencial a construção terminou c. 1522, com a conclusão da capela-mor; a torre sineira é posterior, datando do final do século XVII (Wikipedia)

Esta Igreja é semelhante à Matriz de Vila do Conde, de que é coeva, embora de traça mais simples


MAIS  SOBRE ESTA POVOAÇÃO EM  
Azurara: Convento de S. Francisco  http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/09/azurara-convento-de-s-francisco.html

Azurara (Vila do Conde) http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/08/azurara.html

entre Azurara e Vila do Conde http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/08/entre-azurara-e-vila-do-conde.html

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