Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 31 de março de 2008

Cacém - A Casa de Ribeiro de Carvalho e não só - azulejaria

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* Texto e fotos de Victor Nogueira

Queluz, Amadora e Cacém


Um desvio na autoestrada, um largo desafogado. Frente a frente uma igreja e o barroco Palácio de Queluz, estilo rocaille, com o seu jardim e salas sumptuosas.

Esta é uma povoação que ainda não parece uma incaracterística selva de betão em múltiplos andares como sucede no Cacém ou na Amadora, povoações parecidas umas com as outras, que não distinguiremos se formos largados de olhos vendados no meio delas. Uma ou outra casita mais antiga é o que resta dos povoados primitivos.

No Cacém uma casa portuguesa que fazia parte duma quinta em ruínas ostenta múltiplos e variados painéis de azulejos, o que aliás predominam na rua onde se situa, testemunho de esplendores passados.

Face à agressiva selva clandestina de betão em que se transformaram Agualva-Cacém e Amadora, ninguém diria que foram terras de bons ares e de quintas aprazíveis onde durante séculos os lisboetas descansavam em veraneio. (Notas de Viagem, 1997)
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1 comentário:

Rosa dos Ventos disse...

Gosto muito de azulejos antigos, mas detesto aquela mania que está a cair em desuso, felizmente, de forrarem as casas com azulejos de casa de banho! :-((

Abraço