Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 6 de abril de 2020

em Matosinhos, Natal de 1973



foto victor nogueira - em Matosinhos, Natal de 1973, à porta do restaurante.

Terminado o curso, o meu pai rumou para Angola, em 1944, nunca mais voltando a Portugal, salvo uma breve quinzena, na quadra natalícia de 1973, para rever a família e os lugares da sua infância e juventude.

Esses Natal e férias foram também os 1ºs que a minha namorada passou connosco, convencida pela argumentação do meu pai a enfrentar a oposição da mãe dela.

O casaco é a samarra do meu avô Barroso, que lha emprestou. Com efeito, saindo de Luanda no pino do calor, desembarcou 8 horas depois em Lisboa, em mangas de camisa, no pino do Inverno! Teria ""morrido" enregelado, não fora o sogro emprestar-lhe a samarra que trazia vestida.

Na foto o meu pai e o meu avô Luís.

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