Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 1 de março de 2020

Por aqui, na margem direita do sado, ainda não chove,

* Victor Nogueira



Por aqui, na margem direita do sado, ainda não chove, apenas o céu está de cinza claro e o frio trespassa até aos ossos. E faz silêncio, no alto da torre no cimo duma encosta

Mais um Carnaval molhado, quase sem mascarados - salvo algumas crianças, e os corsos talvez fiquem aguados, com as barbies em cima dos "carros" do cortejo, de biquini e tiritando estoicamente de frio e sem guarda-.chuvas.

Foto Victor Nogueira

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