Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Fotos de capa em janeiro 2022 01 - 21 a 31

 * Victor Nogueira


2022 01 21 Foto victor nogueira - Oeiras "Petiscar com amigos" (Canon 139 03 - 2017 03 04)


2022 01 22 Foto victor nogueira - sol e sombras em Setúbal, na Avenida 5 de Outubro


2022 01 23 Foto victor nogueira - Setúbal - Monumento a Mariana Torres e aos "fuzilados de Setúbal", por José Pé-Curto

Em Setúbal os ideiais republicanos tinham grande influência, tendo a República sido proclamada em 4 de Ourubro de 1910, em confronto contra a Guarda Municipal. A mesma Guarda transformada em Guarda Nacional Republicana, que reprimiu violentamente as manifestações operárias por melhores condições de vida, como sucedeu em 13 de Março de 1911, da qual esultaram a morte dos operários Mariana Torres e António Mendes. O monumento, da autoria do escultor Jorge Pé-Curto, foi inaugurada em 8 de Março de 2016. Como opção de classe a republicana feminista Ana de Castro Osório tomou o partido do patronato setubalense contra o operariado e suas lutas.


2022 01 24 Foto victor nogueira - Cisco Kid em Paço de Arcos ou o aprendiz de fotógrafo


2022 01 25 Foto victor nogueira - Rio Ave, em Macieira da Maia, junto á ponte D. Zameiro (GEDC0363) 



Vídeo - José António Lourenço Martins Baptista

2022 01 26 Hino de Caxias


2022 01 26 Foto victor nogueira - Cabine telefónica pública em Vila do Conde

Estas cabines telefónicas eram muito práricas; para além do "migalheiro", que obrigava a ter as moedas certas em função do tempo previsto para a chamada, possuiam uma lista telefónica e, the last but not the least, uma prateleira que permitia colocar a bolsa, o livro de endereços ou anotar o que fosse necessário, num bloco ou numa folha de papel.

Hoje praticamente desapareceram- são uma relíquia - algumas transformadas em "bibliotecas" - tendo sido substituídas por umas desabrigadas, abertas ao vento e á chuva, sem prateleira nem lista telefónica.

Tinham outra utilidade: servirem de abrigo quando inopinadamente começava a chover, como me sucedeu por duas ou três vezes, uma das quais em Portimão, na Foz do Rio Arade. 


2022 01 27 Foto victor nogueira - Porto - Sol e sombra num terraço, na Rua Fernandes Tomás 



Vídeo SIPDORLPCP

2022 01 27 Jornada, de José Gomes Ferreira, musicada por Fernando Lopes Graça para as 'Canções Heróicas'


2022 01 28 


2022 01 28 Foto victor nogueira - Oceanário de Lisboa (GEDC2046)


2022 01 29 Foto vicror nogueira - Mora - 1975

CAMARADA NÃO TE DEIXES ILUDIR COM FALSOS SOCIALISMOS. SOCIALISMO HÁ SÓ UM, O SOCIALISMO PROLETÁRIO O QUE LIBERTA O HOMEM DA EXPLORAÇÃO DO CAPITALISMO E O CONDUZ AO COMUNISMO. NÃO TE ILUDAS, NEM COM FALSOS SOCIALISMOS NEM COM FALSAS LIBERDADES


2022 01 30 A luta continua! e "O 4ª Estado", de Volpedo


2022 01 30 2022 01 30 Foto Victor Nogueira - A Luta continua - Amora - Quinta da Atalaia - Festa do Avante 2012



2022 01 31 Nada é impossível de mudar. (Bertolt Brecht)

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito
como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.


2022 01 31 Elogio da Dialéctica (Brecht)

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã

2022 01 31 Elogio da Dialéctica, por Brecht

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